Comerciantes guineenses preocupados com o caju
A campanha de comercialização do caju começou oficialmente mas aquela que é considerada a riqueza da Guiné-Bissau não está a vender-se. Os comerciantes consideram que os mil francos CFA fixados pelo presidente guineense como preço de referência ao quilograma é alto demais.
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A campanha de comercialização da castanha de caju, principal produto agrícola e de exportação da Guiné-Bissau, foi declarada aberta desde o dia 24 de Março passado, mas até hoje ela de facto não começou.
Os comerciantes dizem que o preço fixado pelo Presidente guineense, José Mário Vaz, 1000 francos CFA por cada quilograma comprado ao produtor, é alto demais. Os produtores queixam-se porque não conseguem escoar o caju.
Josué Almeida, coordenador de um projecto financiado pelo Banco Mundial que visa a melhoria do ambiente do negocio na Guiné-Bissau com enfoque no setor do caju, diz que a saída é simples: Bastava que as autoridades dissessem que o preço determinado pelo Presidente não é obrigatório mas sim de referência. Josué Almeida considera que existe o risco da campanha fracassar.
Josué Almeida, coordenador de um projecto financiado pelo Banco Mundial
É que neste momento quem for apanhado a comprar o caju por menos de 1000 francos CFA por cada quilograma corre o risco de ser preso pela polícia.
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