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Guiné-Bissau

Guiné-Bissau: militares presos em dezembro estão "sequestrados"

Ricardino Nancassa pede liberdade para os 10 militares detidos em dezembro, cuja prisão preventiva foi revogada por falta de provas do crime de tentativa de assassínio do CEMGFA, general Biaguê Na N'tan.

General Biaguê Na N'tan, Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau.
General Biaguê Na N'tan, Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau. PNN
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10 militares guineenses continuam detidos, desde dezembro de 2017, acusados de tentativa contra a integridade física do chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, tenente general Biaguê Na N'tan.

A Liga Guineense dos Direitos Humanos tinha denunciado em dezembro as péssimas condições em que eles se encontravam detidos na base aérea de Bissalança em Bissau, tendo em seguida alguns sido transferidos para as instalações prisionais do exército.

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Ricardino Nancassa, advogados dos 10 militares detidos

Um dos advogados dos militares, Ricardino Nancassa, acompanhado por familiares dos detidos pediu esta quarta-feira (15/08) a sua libertação imediata, afirmando que a sua detenção é um "sequestro", dado que foi ultrapassado o período de 6 meses previsto na lei do país em caso de prisão preventiva e eles não foram sequer julgados.

Segundo a lei guineense uma vez ultrapassado o prazo de 6 meses de prisão preventiva, sem condenação em primeira instância, a pessoa detida tem que ser libertada o que não ocorreu, pelo que, segundo o advogado, o Tribunal Militar está a cometer o crime de desobediência.

Ricardino Nancassa referiu ainda que o juíz de instrução criminal que ouviu os detidos, decidiu revogar a prisão preventiva por falta de provas mas os 10 militares continuam "sequestrados" e acusa o Tribunal Militar de não querer fazer o julgamento porque "as provas da promotoria do tribunal não são verdadeiras".

Em nome dos familiares dos 10 militares detidos alequeia Sanhá pediu a sua libertação imediata e incondicional, afirmando que já houve promessas de que eles seriam libertados.

Entre os detidos, contam-se um tenente, um major, um capitão e um 2º sargento, bem como seis soldados não graduados.

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