Guiné-Bissau negoceia nova data para legislativas
O Governo da Guiné-Bissau tenta junto de partidos com assento no parlamento um entendimento para protelar as eleições de Novembro para Janeiro. Em cima da mesa estão vários cenários para a marcação de uma data consensual.
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Bissau tem sido palco, nestes últimos dias, palco de intensas reuniões entre Governo, comunidade internacional, instâncias eleitorais e partidos com assento parlamentar para busca de um consenso a volta da data da realização de eleições legislativas, previstas para dia 18 de Novembro de 2018.
Fontes bem colocadas indicaram à RFI que, na melhor das hipóteses, as legislativas seriam organizadas sem grandes alaridos em Janeiro, que o recenseamento eleitoral decorria durante os meses de Setembro até Novembro e que campanha eleitoral seria em Dezembro.
É um cenário que agrada um grande número de partidos e organizações da sociedade civil que querem tudo menos turbulência no país em decorrência do processo eleitoral.
A Comissão Nacional de Eleições também defende o mês de Janeiro, inclusive apresentou ao Governo um novo cronograma que está a ser analisado numa reunião esta quinta-feira envolvendo os cinco partidos com assento parlamentar, primeiro-ministro e os representantes da comunidade internacional.
Se se chegar a um entendimento sobre a necessidade de uma nova data, o facto será comunicado ao Presidente guineense, José Mário Vaz, que se encontra em Nova Iorque, para que marque uma nova data através do decreto presidencial.
A questão, como diz Domingos Simões Pereira, líder do PAIGC, é saber, perante este cenário, como irão reagir os chefes de Estado da CEDEAO já que anunciaram em Abril que as eleições legislativas na Guiné-Bissau teriam que ter lugar a 18 de Novembro.
Mussá Baldé, correspondente em Bissau
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