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Recenseamento na Guiné-Bissau até 20 de Novembro

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Em vez de terminar no próximo sábado, o recenseamento eleitoral na Guiné Bissau vai prolongar-se mais um mês. Feitas as contas, o fim do registo dos eleitores passa a ser 20 de Novembro, ainda que a data prevista das legislativas seja 18 de Novembro. Afinal, quando são as eleições legislativas? A RFI falou com a ministra da Administração Territorial, Ester Fernandes.

Imagem de arquivo.
Imagem de arquivo. SEYLLOU / AFP
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O anúncio da continuação do recenseamento eleitoral por mais 30 dias foi feito pela ministra da Administração Territorial, Ester Fernandes, na quarta-feira. Hoje, a ministra disse à RFI que o governo se limitou a seguir “o cumprimento da lei eleitoral”.

Ester Fernandes : “Aquilo que o Governo fez foi seguir para o cumprimento da lei eleitoral que dá 60 dias para o recenseamento. Vamos a caminho de 30 dias para o cumprimento desse prazo, seriam então 60 dias.

RFI: “Ou seja, feitas as contas, isto vai até 20 de Novembro?”

Ester Fernandes: “Perfazendo 60 dias.”

Questionada sobre se o alargamento do prazo do recenseamento eleitoral significa o adiamento das legislativas, a ministra da Administração Territorial disse que “não será da competência do Governo falar sobre a data das eleições”.

Ester Fernandes mostrou-se confiante na conclusão do recenseamento eleitoral a 20 de novembro e disse que “estão para chegar, dentro em breve, talvez para o início da próxima semana, 55 kits dos restantes que estavam para vir (…) mais os 100 aparelhos que irao ser conctados aos kits de Timor que aqui estão”.

Esta quarta-feira, o Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GETAP) anunciou que estão recenseados mais de 220.000 eleitores num universo estimado a quase 900 mil, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística.

Em entrevista à RFI, o politólogo guineense Rui Jorge Semedo considerou que alargar o prazo do registo dos eleitores significa adiar as eleições e alertou que "é muito difícil" ter o recenseamento concluído a 20 de novembro.

"Não se faz ovos, sem omeletes. Se o país, ou seja, o GETAP conseguir apoios necessários, acho que pode acontecer nessa data. Agora, se continuar nessa indefinição, poderemos continuar a ter problemas para realmente conseguir recensear cerca de 900.000 potenciais eleitores", afirmou.

Rui Jorge Semedo considerou, ainda, que o Governo sai descredibilizado no processo de recenseamento e que o Presidente não tem "autoridade moral" para demitir o Executivo porque José Mário Vaz "em grande parte contribuiu para que esse processo fosse um fiasco".

O recenseamento eleitoral na Guiné-Bissau deveria ter decorrido, inicialmente entre 23 de Agosto e 23 de Setembro, mas devido a atrasos logísticos só arrancou a 20 de Setembro e deveria terminar este sábado. Agora, vai prolongar-se mais um mês. Fica por saber a nova data das legislativas.

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