Guiné-Bissau: Polícia reprimiu marcha estudantil
Bissau viveu esta quinta-feira alguns momentos de tumultos devido a uma marcha que os alunos pretendiam organizar contra o Governo para exigir a abertura das aulas nas escolas públicas. A polícia não permitiu a manifestação, tendo usado da força para dispersar os jovens.
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A polícia usou granadas de gás lacrimogéneo para dispersar uma manifestação pacífica de alunos de todas as escolas de Bissau, públicas e privadas.
A polícia considerou que a manifestação foi convocada fora da lei e que os alunos pretendiam perturbar a acção do Governo já que a marcha foi anunciada tendo como finalidade impedir a realização da reunião semanal do conselho de ministros.
Centenas de jovens estavam agrupados nas primeiras horas desta quinta-feira no chamado espaço verde no bairro de Ajuda, preparando-se para caminhar na estrada rumo ao palácio do Governo. Os jovens queimaram pneus na via pública.
A polícia impediu a passeata dos jovens, disparou granadas de gás lacrimogéneo numa escola onde os alunos se concentraram numa reunião de estratégia da sua luta.
A manifestação seria um protesto pela situação de impasse entre o Governo e os professores que estão de greve desde a abertura do ano lectivo no passado mês de Outubro.
Na prática as escolas públicas na Guiné-Bissau ainda não abriram as portas este ano devido à greve dos professores.
Uma delegação da associação de pais e encarregados de educação dos alunos, reuniu-se com o Presidente José Mário Vaz para pedir a influência do chefe do Estado para que as aulas comecem nas escolas públicas.
Tanto os pais como os próprios alunos condenaram a actuação da polícia que acusam de permitir manifestações dos políticos e proibir a dos jovens.
Mais pormenores com o nosso correspondente, Mussá Baldé.
Correspondência de Bissau
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