Bissau pedirá legalização de guineenses ilegais em Angola
Guineenses em situação ilegal em Angola denunciam maus-tratos por parte das autoridades angolanas. Mas Luanda desmente que durante a operação Resgate tenha havido maus-tratos contra elementos da comunidade guineense em terras angolanas. Isto quando Bissau estaria a ponderar pedir legalização de guineenses ilegais em Angola.
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Posições antagónicas sobre a presença de cidadãos guineenses em Angola. Enquanto elementos da comunidade guineense dizem que há maus-tratos das autoridades angolanas, o encarregado de negócios da Guiné-Bissau em Luanda, José Manuel Marques Vieira, diz que não há nada disso.
Segundo Marques Vieira, contactado pela RFI a partir de Bissau, nenhum cidadão guineense foi maltratado ou morto no âmbito da operação Resgate desencadeada pelo Governo angolano contra imigrantes clandestinos.
O encarregado de negócios da Guiné-Bissau em Angola, a mais alta autoridade guineense naquele país, indicou que o consulado geral tem registado 2.800 cidadãos como sendo naturais da Guiné-Bissau, mas destes não há relatos de quaisquer agressões.
José Manuel Marques Vieira disse ser possível que alguns cidadãos de outros países estejam a apresentar-se como naturais da Guiné-Bissau quando na realidade não o são. Seriam cidadãos de outras paragens mas com documentação guineense.
Submetidos a testes, rapidamente se conclui que na realidade não são originários da Guiné-Bissau, referiu o encarregado de negócios.
Nestes dias, uma equipa de funcionários do Governo guineense, encontra-se em Luanda a emitir passaportes aos imigrantes, sendo certo que dos 2800 cidadãos registados no consulado geral, cerca de 99% estava sem passaporte.
O próximo passo é solicitar a legalização de todos os cidadãos da Guiné-Bissau junto do governo angolano.
Mussá Baldé, correspondente, em Bissau.
Mussá Baldé, correspondente, em Bissau
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