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Guiné-Bissau

Presidente guineense José Mário Vaz esclarece impasse na formação do governo

Presidente José Mário Vaz cujo mandato termina a 23 de Junho, convocou a imprensa para eslarecer as razões do impasse político no país, que continua sem governo dois meses depois das eleições legislativas de 10 de Março.

Presidente da Guiné-Bissau José Mário Vaz
Presidente da Guiné-Bissau José Mário Vaz © Sia Kambou, AFP
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Foi durante um encontro informal com cerca de 30 jornalistas, num inédito pequeno-almoço de trabalho esta sexta-feira (10/05) que José Mário Vaz aproveitou para falar dos temas quentes do país, entre outros da desavença em torno da constituição da mesa da Assembleia Nacional Popular:

Atraso na nomeação do novo Governo, justamente hoje que se completaram dois meses após às eleições

Guerra aberta entre o Ministério Público e a Polícia Judiciária quanto ao paradeiro do arroz oferecido ao país pela China,

Silêncio presidencial quanto à marcação da data das presidenciais, que devem ter lugar ainda este ano.

3°Sobre a nomeação do novo Governo, o presidente guineense fez saber que ainda não o fez por estar a aguardar que se acabe o impasse na composição da mesa parlamentar, onde os partidos não se entendem e agora esperam por um veredicto judicial.

01:19

Mussa Baldé, correspondente em Bissau

Em relação à guerra aberta entre o judiciário, José Mário Vaz diz que lamenta a troca de mimos na praça pública entre duas instituições do Estado.

Disse, à propósito, que vai convocar o sindicato dos magistrados para saber deles o que se passa no Ministério Público ao ponto de o sindicato estar a exigir ao Presidente que demita o Procurador-Geral da República Bacari Biai.

Sobre a data das presidenciais, José Mário Vaz afirmou que ainda não marcou nada por estar a aguardar que os órgãos de gestão eleitoral, CNE e GTPAE, apresentem uma proposta concreta para a realização de escrutínio, que a União Europeia pretende que tenha lugar ainda este ano, conforme o previsto no ciclo eleitoral do país.

Esta quinta-feira (9/04) o Encarregado de Negócios da representação da União Europeia na Guiné-Bissau, Alexandre borges, lamentou a morosidade na formação do governo,quando se pronunciou para assinalar o Dia da Europa.

O mandato do Presidente José Mário Vaz termina a 23 de Junho, e ele reiterou esta sexta-feira que após quatro anos de desentendimento entre os guineenses, esperava que as eleições de 10 de Março ultrapassassem esse impasse, mas constata que continua a não haver diólogo e que a "violência verba" começou logo no primeiro dia a seguir às eleições legislativas, e que sem entendimento é "impossível" indigitar o futuro primeiro-ministro, que segundo a Constituição, será Domingos Simões Pereira, o presidente do PAIGC, o partido mais votado .

 

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