Guiné Bissau ainda com Parlamento paralisado e sem governo
Começaram em Bissau os trabalhos de mais uma sessão parlamentar da décima legislatura suspensos logo a seguir devido a polémica em torno da composição da mesa da Assembleia nacional. Polémica que envolve ainda a posição do Presidente da República, acusado de intervir na esfera do Parlamento e também de bloquear a nomeação do primeiro-ministro e do governo.
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Na Guiné-Bissau, a segunda sessão ordinária parlamentar da décima legislatura inicia com polémica em torno da constituição da Mesa do Parlamento.
A sessão parlamentar foi suspensa, por um tempo, após o início dos trabalhos, devido ao desentendimento provocado pela invasão a mesa do Parlamento, por parte da oposição em protesto contra o projecto de Ordem do Dia que inclui a discussão do Programa e Orçamento geral do Estado.
Foi um ambiente de confusão que levou o Presidente do Parlamento suspender a sessão que momentos depois retomou os seus trabalhos.
Os deputados da oposição que invadiram a Mesa do Parlamento defendem o único ponto do Projecto de Ordem do Dia, a conclusão da constituição da Mesa do Parlamento.
Já na abertura oficial da sessão que decorre até ao próximo de 22 Julho, o Presidente do Parlamento afirmou que a tentativa de condicionar a nomeação do Primeiro-ministro resultante das eleições, com a constituição da Mesa do Parlamento, é uma falsa questão.
Cipriano Cassamá alerta o Presidente da República sobre a separação de poderes dos órgãos da soberania, para não criar crise artificial no sistema político guineense.
Os partidos da oposição querem a escolha de Braima Camará, líder do Madem G15, para o lugar do segundo vice-presidente, e o PRS para o lugar do primeiro secretário.
De Bissau, o nosso correspondente, Aliu Candé.
Aliu Candé, correspondente, em Bissau
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