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Moçambique

Políticos na teia da caça furtiva

Em Moçambique a polícia denunciou o envolvimento em actividades de caça furtiva do administrador do distrito de Chimbonila, Felisberto Meterua, na província do Niassa. Nove pessoas foram detidas.  

Reserva Natural do Niassa, em Moçambique
Reserva Natural do Niassa, em Moçambique Google Maps
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O anúncio foi feito pelo porta-voz da polícia moçambicana no Niassa, Simão Mate, que denunciou o envolvimento do administrador do distrito de Chimbonila, Felisberto Meterua, em actividades de acaça furtiva, depois de ter surpreendido em plena actividade, na reserva de Maua. Nesta operação 9 pessoas foram detidas.

"O senhor administrador foi deixado livre, enquanto os restantes caçadores ficaram detidos para os procedimentos legais subsequentes, bem como a arma ficou apreendida. Importa referir aqui a atitude policial de não deter o senhor administrador e a sua família. Foi forçada... respeitando a sua função de representante do governo...embora não goze de qualquer imunidade".

Nos últimos tempos várias organizações da sociedade civil moçambicana têm vindo a denunciar casos como estes onde apontam o envolvimento de figuras ligadas ao partido no poder e ao Estado na exploração fraudulenta dos recursos naturais de que o país dispõe.

No passado mês de Maio, a organização não-governamental norte-americana Wildlife Conservation Society, anunciava que o número de elefantes em Moçambique diminuiu para metade em cinco anos, passando de 20 mil para cerca de 10 mil, devido às práticas de caçadores furtivos.

A Reserva do Niassa, na fronteira com a Tanzânia, registava até agora 70% dos elefantes de Moçambique, tendo sido particularmente atingida.

Com a colaboração do nosso correspondente em Maputo, Orfeu Lisboa.

 

 

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