Aumentam críticas em torno do escândalo da dívida de Moçambique
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Em conferência de imprensa hoje, o chefe do governo moçambicano aludiu à crise da dívida, uma dívida que segundo dados oficiais ascende a cerca de 1,4 mil milhões de Dólares, ou seja mais de 70% do PIB, parte dessa dívida tendo sido aplicada entre 2013 e 2014 nas empresas Proindicus e Mozambique Asset Management para a protecção do litoral e das reservas de gás do país.
Ao lamentar a ocultação dessa dívida, o chefe do governo também se mostrou confiante na possibilidade de restabelecer a confiança com o FMI que suspendeu a sua cooperação há duas semanas e com o Banco Mundial que anunciou ontem a suspensão dos seus financiamentos a Moçambique.
Estes pronunciamentos surgem num contexto social algo tenso, com a convocação via internet de manifestações para os próximos dias, em protesto contra a dívida, uma primeira marcha devendo decorrer já amanhã nas ruas de Maputo sob a vigilância de um forte dispositivo policial.
A sociedade civil e designadamente investigadores da área das ciências sociais também têm emitido críticas em relação à gestão desta crise, nomeadamente ontem durante uma conferência na qual participou o nosso convidado, Baltazar Fael, jurista do CIP -Centro de Integridade Pública- com quem nos debruçamos sobre as possíveis consequências deste escândalo a nível económico e a nível político.
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