Parlamento investiga dívida pública

Até Junho o governo será chamado ao parlamento para responder sobre a dívida pública de mais de 2 mil milhões de dólares contraída pelo governo anterior (entre 2013 e 2014) sem conhecimento do parlamento nem das instituições internacionais.  

Imagem de Arquivo. REUTERS/Leonhard Foeger

A decisão está tomada. O parlamento moçambicano vai começar a ouvir os membros do executivo sobre a elevada dívida pública revelou Mateus Kathupa porta-voz da casa magna.

Esta decisão foi anunciada no final de uma sessão boicotada pela bancada da Renamo pelo facto da mesma marcada para 23 deste mês ter sido antecipada para esta segunda-feira, e tendo como único ponto de agenda a apreciação à visita que o chefe de Estado efectua à República popular da China já na próxima semana, estando previstos encontros com o seu homólogo Xi Jinping e com outros responsáveis chineses.

Trata-se da primeira visita oficial de Filipe Nyusi à capital chinesa desde que se tornou presidente de Moçambique apesar de se ter encontrado com o Presidente Xi Jinping em Dezembro de 2015 em Joanesburgo, na África do Sul, durante o Fórum para a Cooperação China-África.

Durante a visita, a delegação moçambicana desloca-se a Pequim e às províncias de Shandong e Jiangsu.

A visita do Presidente de Moçambique terá um cunho essencialmente económico numa altura em que o país se depara com problemas financeiros.

Mais pormenores com o nosso correspondente Orfeu Lisboa.

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Correspondência de Orfeu Lisboa

O politólogo moçambicano e director executivo da Fundação Mecanismo de Apoio à Sociedade Civil (MASC) João Pereira traça um possível cenário dos efeitos e consequências das dívidas ocultadas nas contas públicas moçambicanas.

"Esta dívida terá um impacto muito negativo no processo socio-económico do país. Grande parte das elites urbanas já perceberam os efeito que isto vai ter na vida do cidadão moçambicano. A dívida não foi feita de uma forma transparente", aponta João Pereira.

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Politólogo moçambicano, João Pereira