Moçambique: Governo admite presença de mediadores internacionais
O executivo moçambicano admite a presença de mediadores internacionais no encontro de alto nível entre o Presidente do país, Filipe Nyusi, e o líder da Renamo, Afonso Dhlakama. A informação é veiculada hoje pelo diário moçambicano “Notícias”, que cita Jacinto Veloso, chefe da equipa governamental na comissão mista.
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“O Governo não está contra a participação de terceiras partes, sejam nacionais ou estrangeiras. Até recomenda que a Renamo é livre. O governo não se vai opor em nenhum momento que a Renamo tenha ao seu lado essas entidades como conselheiros", sublinhou Jacinto Veloso, citado pelo principal diário moçambicano.
A meio desta semana, executivo e o maior partido da oposição anunciaram ter chegado a consenso sobre a agenda do encontro entre Filipe Nyusi e Afonso Dhlakama. Mas, apesar de alguma convergência, os desentendimentos entre as partes continuam todavia a prevalecer.
Os pontos da agenda do encontro são a governação do principal partido de oposição nas seis províncias onde ganhou nas últimas eleições em 2014, a cessação das acções armadas, a integração dos membros do braço armado da Renamo nas Forças Armadas, na Polícia e no Serviço de Informação e Segurança do Estado e o quarto ponto é o desarmamento e a reintegração dos elementos da Renamo.
Todavia, Governo e Renamo falam numa divergência sobre os termos de referência da reunião. O executivo considera que a reconciliação se deve iniciar com o encontro, de alto nível, entre o Presidente Filipe Nyusi e o presidente da Renamo, Afonso Dhlakama. O maior partido da oposição, por seu lado, considera que as condições para este encontro não estão reunidas.
Correspondência de Orfeu Lisboa
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