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MOÇAMBIQUE

Organizadora de manifestação em Maputo ameaçada de morte

A questão da transgressão dos direitos humanos em Moçambique está a ganhar cada vez mais relevo. Foi hoje anunciada a organização de uma manifestação no próximo sábado intitulada "Pelo Direito à Esperança". Alice Mabota, presidente da Liga dos Direitos Humanos, uma das associações que está a organizar a marcha, afirma que está a ser alva de ameaças de morte.   

Alice Mabota, presidente da Liga dos Direitos Humanos, afirma que está a ser alva de ameaças de morte.
Alice Mabota, presidente da Liga dos Direitos Humanos, afirma que está a ser alva de ameaças de morte. RFI
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A manifestação servirá para contestar a crise política e económica que atravessa o país mas também para pedir que se respeite os direitos do homem e a liberdade de expressão tendo em conta que, nos últimos tempos, vários jornalistas, académicos e personalidades políticas têm sofrido atentados (um dos mais polémicos tendo sido o do ataque a Jaime Macuane, analista político moçambicano).

Ontem a Polícia de Investigação Criminal invadiu a redacção do semanário Zambeze e deteve dois jornalistas, entretanto libertados, para pedir explicações acerca de dois artigos que tinham publicado. 

Alice Mabota, presidente da Liga dos Direitos Humanos, uma das associações que está a organizar a marcha, explicou à RFI o âmbito da manifestação. Além disso, afirmou que está a haver muitas estratégias de intimidação, como comprova a detenção dos dois jornalistas do Zambeze, e revelou que tem sido alva de ameaças de morte. 

 

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Alice Mabota

São, aliás, várias as personalidades que estão pedir mais respeito pelos direitos humanos em Moçambique. Depois de o alto-comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Zeid Al Hussein, ter afirmado que "Moçambique está a mostrar sinais de retorno à violência" e pedido ontem ao governo moçambicano para procurar levar os promotores da violência e de execuções sumárias à justiça, a Comissão Nacional dos Direitos Humanos de Moçambique afirmou hoje que quer reformar a investigação criminal.

A Comissão pede nomeadamente que a Polícia de Investigão Criminal seja autónoma para evitar interferências políticas e que haja um maior investimento nos meios tecnológicos para que não se faça recurso a outros meios, tal como a tortura, para extrair informação. 

 

 

 

 

 

 

 

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