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Moçambique

Moçambique: Exército não vai desmobilizar

O chefe da delegação do Governo na Comissão Mista do diálogo político, Jacinto Veloso, revelou que as Forças de Defesa e Segurança não se vão mover dos locais onde se encontram. Esta seria uma das reivindicações da Renamo na carta enviada ao Presidente da República Filipe Nyusi.

Soldados moçambicanos num posto de controlo de Vanduzi, na zona da Gorongosa. 26 de Maio de 2016.
Soldados moçambicanos num posto de controlo de Vanduzi, na zona da Gorongosa. 26 de Maio de 2016. JOHN WESSELS / AFP
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O chefe da delegação governamental no diálogo político com a Renamo, Jacinto Veloso, revelou que as forças governamentais vão permanecer no terreno, alegando a necessidade de garantir a segurança das populações e dos seus bens, bem como a circulação segura de viaturas entre o Sul e o Centro do país.

Em entrevista à Rádio Moçambique, o responsável falava sobre a carta que o gabinete do líder da Renamo, Afonso Dhlakama, enviou ao Presidente da República, Filipe Nyusi, propondo, alegadamente, a retirada das forças estacionadas em Gorongosa.

Jacinto Veloso disse que a carta já teve resposta: "A resposta é; as Forças Armadas de Defesa de Moçambique não vão mover-se do lugar onde estão, o Presidente da República já deu garantias, já falou, que logo que a Renamo pare com as suas ações armadas, com todos os seus atos terroristas e de outro tipo que está a realizar, o Presidente manda imediatamente parar, como Comandante em Chefe das Forças de Defesa e Segurança, toda e qualquer ação armada contra os locais onde a Renamo esteja estacionada".

No entanto, José Manteigas, chefe da Delegação da Renamo no diálogo político, nega que tenha havido resposta oficial e condiciona o fim das hostilidades à resposta: “Estamos à espera da resposta do Presidente da República a este documento.

Oiça aqui a crónica de Ilauda Manala, em serviço especial para a RFI.

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Correspondência de Maputo


As autoridades moçambicanas acusam a Renamo de vários ataques a postos policiais, instalações civis, centros de saúde e comboios da mineira brasileira Vale nas últimas semanas. Por sua vez, a Renamo acusa as forças do governo de bombardearem a serra da Gorongosa, onde alegadamente está o líder da oposição, Afonso Dhlakama.

As negociações de paz foram retomadas esta segunda-feira, após uma interrupção a 27 de Julho. Na agenda do diálogo político há quatro pontos: a exigência da Renamo de governar nas seis províncias onde reivindica vitória nas eleições gerais de 2014; a cessação imediata dos confrontos; a despartidarização das Forças de Defesa e Segurança, incluindo na polícia e nos serviços de informação, e o desarmamento do braço armado da Renamo assim como a sua reintegração na vida civil.

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