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Moçambique

Novo ataque faz seis mortos em Moçambique

Seis pessoas perderam a vida durante um ataque a uma viatura em Nangué, na região de Inhambane, centro do país. Segundo a polícia o ataque, que ocorreu sexta-feira, terá sido perpetrado pelo braço armado da Renamo. No entanto, testemunhos recolhidos pela imprensa local têm outra versão e descrevem os homens como sendo da polícia e das Forças Armadas de Moçambique. 

Novo ataque faz seis mortos em Moçambique
Novo ataque faz seis mortos em Moçambique AFP FOTO / JINTY JACKSON
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O ataque aconteceu na sexta-feira, quando uma viatura ligeira em que seguiam as vítimas foi interpelada por homens armados que são descritos por dois sobreviventes, citadas pelo diário O País, como agentes da PRM e membros das Forças Armadas de Defesa de Moçambique.

Um cidadão do Bangladesh, que fazia parte do grupo de passageiros da viatura interpelada pelos homens armados, conseguiu escapar e terá acusado militares e agentes da polícia de estarem por detrás da acção. Apesar dos testemunhos, a polícia contínua a atribuir o ataque à Renamo.

Em declarações à imprensa o porta-voz da polícia, Daniel Macuacua disse que " homens armados da Renamo fizeram parar uma viatura, em Nangué na região de Inhambane, centro do país, e dispararam até que o carro se incendia-se. As seis pessoas morreram carbonizadas".

O porta-voz da polícia afirmou que neste momento estão à procura de sobreviventes que teriam conseguido escapar, precisando que todas as vítimas eram civis.

Segundo as autoridades, a antiga rebelião da guerra civil moçambicana (1976-1992) que voltou a pegar nas armas em 2013 para contestar o poder "excessivo" da Frelimo, partido no poder desde a independência em 1975, intensificou os ataques no centro e norte do país, desde o início do ano.

A Renamo, principal partido de oposição, acusa as tropas governamentais de bombardearam a serra da Gorangoza, onde se supõe estar o líder do partido, Afonso Dhlakama. Na semana passada a Renamo enviou uma carta ao chefe de Estado moçambicano, onde exigia a retirada das tropas da Gorongosa, como condição sinequanone para o cessar-fogo. Filipe Nyusi respondeu dizendo que as tropas não vão desmobilizar, contudo mostrou-se disponível para se encontrar com Afonso Dhlakama.

A RFI tentou contactar a Renamo para obter uma reacção sobre a autoria do atentado, mas até ao momento não conseguiu falar com ninguém.

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