Moçambique: Festival Nacional de Cultura 2016
A província de Sofala acolhe a partir desta quarta-feira e até domingo a fase final IX edição do Festival Nacional de Cultura, cuja cerimónia de inauguração foi dirigida pelo Presidente Filipe Nyusi.
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Enquanto em Maputo as delegações do governo, da Renamo e dos mediadores internacionais se reuniram esta quarta-feira de novo para tentar viabilizar um encontro entre o Presidente Filipe Nyusi e Afonso Dhlakama, as cidades da Beira e Dondo, na província de Sofala, acolhem desde hoje (24/08) até domingo, a IX edição do Festival Nacional da Cultura, que decorre sob lema "Celebrando a diversidade cultural pela consolidação da paz e desenvolvimento".
Duas mil e quatrocentas pessoas, entre artistas nacionais e estrangeiros, participaram no campo do Ferroviário da Beira, na cerimónia de abertura deste evento, que ocorre de dois em dois anos, e que foi dirigida pelo Chefe de Estado Filipe Nyusi, que se encontra em vista de trabalho nesta província do centro de Moçambique, palco de confrontos entre tropas governamentais e membros da Renamo, e onde alegadamente se encontra Afonso Dlhakama, líder do principal partido da oposição.
Ilauda Manala, em serviço especial para a RFI
Silva Dunduro, ministro da cultura e turismo lamentou que a tensão poltico-militar tenha impedido muitos dos particpantes de viajarem por via terrestre e assim conhecer melhor o país, mas garantiu hoje que "o imperativo da defesa e consolidação da paz, da democracia, da estabilidade política, social e cultural, constituem partes do desígnio deste festival nacional, que o ogoverno de Moçambique organiza".
As actividades começaram com o desfile das diferentes delegações provinciais, seguidas por orações religiosas, a apresentação do bailado histórico Aruângua dirigido pela coreógrafa Maria Luísa Mugalela com 1470 bailarinos locais e que retrata a vida das comunidades de Sofala antes e durante a colonização, numa homenagem à cidade secular da Beira, prosseguiram com discursos de dirigentes, terminando com a entoação do hino do festival, que nesta IX edição é da autoria do escritor Mia Couto, e interpretado por Jorge Mamade, ambos oriundos da província de Sofala.
Mais de 800 artistas moçambicanos de todo o país participam neste certame em áreas tão diversas como a dança e música tradicional, teatro, poesia, humor, canto coral, cinema, mostras de artesanato, gastronomia e moda, mas também palestras e lançamento de livros e discos.
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