Renamo permanece sem notícias dos seus dois militantes raptados
Continuam desaparecidos desde Segunda-Feira dois militantes da Renamo, raptados em Honde, Báruè, na província de Manica no centro de Moçambique, quando se preparavam para reabrir a sede do seu partido naquela zona, conforme estipulado no acordo de tréguas que prevê nomeadamente a reabertura das instalações do maior partido de oposição nas zonas mais expostas ao conflito político-militar entre o principal partido de oposição e o governo da Frelimo.
Publicado a:
De acordo com testemunhas locais, os dois activistas políticos, um delegado local e um mandatário distrital da Renamo, foram atacados quando aguardavam uma audiência com o chefe do posto administrativo daquela localidade com quem pretendiam obter explicações pelo facto de se ter içado a bandeira da Frelimo no local outrora sede da Renamo, entretanto abandonado devido ao conflito, que eles tencionavam reabrir.
Foram interpelados por um grupo de indivíduos que os espancaram e em seguida os raptaram. A polícia prometeu averiguar o sucedido mas até ao momento não se conhece o paradeiro desses dois militantes da Renamo, esta ocorrência surgindo num momento-chave para o país, com o prolongamento da trégua por mais 60 dias e o início na segunda-feira de uma nova fase das negociações entre a Renamo e o governo.
Ao confirmar que o partido continua sem notícias sobre o paradeiro dos seus dois membros, António Muchanga, porta-voz da Renamo, evoca as circunstâncias do rapto e diz não ter dúvidas do carácter político do sucedido.
António Muchanga, porta-voz da Renamo
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro