Moçambique: fim da missão do FMI
Missão do FMI encerra hoje os trabalhos com vista a analisar os resultados da auditoria sobre as dívidas ocultas de Moçambique.
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O Fundo Monetário Internacional termina nesta quarta-feira uma missão a Moçambique, que visava discutir com as autoridades a auditoria às dívidas ocultas do país.
Dívidas que resultaram de empréstimos avaliados em 2 mil milhões de dólares norte americanos contraídos em 2013 e 2014 pelas empresas estatais Proindicus, EMATUM e a MAM.
E isto com garantias soberanas do Estado moçambicano, emitidas durante a governação de Armando Guebuza violando deste modo a Constituição da República, as leis orçamentais e à revelia do parlamento e parceiros internacionais.
A missão do FMI teve inicio a 10 de Julho, logo a seguir à divulgação, no dia 24 de Junho, do sumário do relatório da auditoria da Kroll às dívidas ocultas de Moçambique.
De recordar que em reacção, o FMI considerou que persistem lacunas de informação, em particular no que respeita ao uso desses empréstimos.
Para além de discutir sobre as dívidas ocultas, a missão do Fundo Monetário Internacional, chefiada pelo economista Michel Lazare, também avaliou com as autoridades moçambicanas a situação macroeconómica do país.
Tendo analisado igualmente as prioridades do executivo relativamente ao Orçamento de 2018 e provável descongelamento das ajudas financeiras e a retoma dos apoios ao orçamento do Estado.
Com a colaboração de Orfeu Lisboa em Maputo.
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