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Moçambique

PR moçambicano desmente existência de "chupa-sangues" na Zambézia

Perante a multiplicação nos últimos meses de incidentes marcados por mortes e destruições de bens públicos no centro e norte do país, devido a boatos da existência de "chupa-sangues", o Presidente da República posicionou-se publicamente desmentindo formalmente essa crença.

Filipe Nyusi, Presidente de Moçambique.
Filipe Nyusi, Presidente de Moçambique. THIERRY CHARLIER / AFP
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Falando num comício em Nampula, no norte do país, Filipe Nyusi qualificou de falsos os rumores sobre a existência de "chupa-sangues" na província da Zambézia no centro de Moçambique. Ao argumentar que "até ao momento ninguém se apresentou a uma unidade sanitária como vítima do fenómeno", o chefe de Estado considerou que "esta acção é concertada e visa fomentar uma nova forma de guerra e semear a discórdia no seio da população". Neste sentido, Filipe Nyusi apelou os líderes comunitários a uma maior intervenção no intuito de esclarecer estes casos.

Ainda na semana passada, uma pessoa morreu e outras três ficaram feridas em Muralelo, na província de Nampula, quando populares invadiram uma esquadra policial para exigir a libertação de pessoas que lá se encontravam presas sob a acusação de ter espalhado boatos sobre a existência de "chupa-sangues". Outros incidentes ocorreram nas últimas semanas, na sua maioria na Zambézia, designadamente na localidade de Gilé onde ainda muito recentemente duas pessoas morreram em confrontos provocados pelo boato de que as autoridades estariam a proteger "chupa-sangues".

Entretanto, os médicos afectos ao serviço nacional da saúde na Zambézia também vieram negar a existência de vítimas do fenómeno "chupa-sangue" e teceram duras críticas aos promotores deste boato que para além de vítimas mortais tem estado a levar as populações a abandonarem as suas residências. Mais pormenores com Orfeu Lisboa.

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Orfeu Lisboa, correspondente da RFI em Maputo

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