Governo moçambicano prevê cortes de despesas em 2018
O ministro moçambicano da economia e finanças anunciou que foi aprovado ontem um pacote de medidas de contenção das despesas dos dirigentes de Estado que vão gerar uma poupança de uns 101 milhões de euros para o ano que vem.
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Adriano Maleiane referiu que em 2018, a despesa pública vai representar um pouco mais de 30% do PIB enquanto representava cerca de 43% em 2014.
Em declarações à imprensa, o titular do pelouro das finanças explicitou que essas poupanças vão traduzir-se nomeadamente na imposição de um tecto para a renda de casa dos responsáveis e entidades do Estado, o que poderá representar uma economia de um pouco mais de 15 milhões de Euros.
A partir de 2018, Adriano Maleiane referiu que vão ser igualmente aplicados limites relativamente à aquisição de veículos protocolares e balizas para o consumo de combustível, o que poderia traduzir-se numa poupança de 3,4 milhões de Euros.
Desde 2015, Moçambique tem estado a atravessar uma crise económica agravada pelo peso da sua dívida, o que levou os parceiros do país, nomeadamente o FMI e o Banco Mundial a suspender o seu apoio a este país que depende ainda muito dos contributos internacionais para o seu orçamento.
Em 2018, o executivo moçambicano prevê uma despesa total de uns 4 mil milhões de Euros, um aumento de 11% comparativamente com este ano, num contexto em que o défice orçamental ronda os 3,9% do PIB, uma diminuição relativamente às previsões de 2017 de 6,1% de défice.
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