Moçambique e o risco de insegurança alimentar
Dezanove distritos e quatro províncias do centro e sul de Moçambique poderão enfrentar uma situação de insegurança alimentar. O alerta é dado pelo Instituto Nacional de Calamidades que diz ter reservas para apenas um mês.
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O Instituto Nacional de Calamidades de Moçambique-INGC está à procura de recursos juntos dos parceiros para responder à situação de fome em dezanove distritos e quatro províncias do centro e sul de Moçambique.
O porta-voz do Instituto Nacional de Gestão das Calamidades, Paulo Tomás, reconhece que as reservas que existem actualmente permitem uma assistência de um mês.
“As reservas que o Instituto Nacional de Calamidades e os seus parceiros têm, neste momento, poderão permitir uma assistência em mais ou menos um mês. Este tempo vai-nos permitir fazer com intensidade alguma mobilização de recursos para prestar assistência a estes agregados familiares”, refere.
Paulo Tomás admite que a situação de insegurança alimentar é sentida nas províncias de Gaza, Inhambane, Sofala, contudo Tete é a que suscita maior preocupação. “A maior preocupação é na província de Tete onde temos cerca de trinta e quatro mil famílias já nesta situação (segurança alimentar), seguida da província de Gaza”, acrescenta.
Este plano de contingência do INGC prevê ainda a componente de água e saneamento que vai permitir perceber o "cenário de acesso à água nestes distritos", concluiu o porta-voz do Instituto Nacional de Gestão das Calamidades, Paulo Tomás.
De acordo com os dados do Inquérito Demográfico da Saúde, a provícia de Tete tem uma taxa de de desnutrição crónica de 44%.
Paulo Tomás, porta-voz do Instituto Nacional de Gestão das Calamidades de Moçambique
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