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Moçambique

Montepuez: Renamo acusada de vender votos à Frelimo

  Secundino Maqueiro, cabeça de lista da Renamo em Montepuez, atacado por militantes do seu partido, por alegadamente ter "vendido" votos ao partido no poder Frelimo.

Populares aguardam pela sua vez para votar para as eleições autárquicas, em Maputo, Moçambique, 10 de outubro de 2018
Populares aguardam pela sua vez para votar para as eleições autárquicas, em Maputo, Moçambique, 10 de outubro de 2018 ANTÓNIO SILVA/LUSA
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A RFI constatou que Secundino Maqueiro, cabeça de lista da Renamo para o conselho autárquico de Montepuez, na província de Cabo Delgado no norte do país foi violentado por militantes desta mesma força política, sob acusação de que terá vendido votos ao partido no poder Frelimo.

Informação confirmada em anonimato por um morador de Montepuez.

01:10

Orfeu Lisboa, correspondente em Maputo

"...isso é verdade, realmente atacaram o delegado da Renamo, bateram [nele], mas bater mesmo bater, alegar que esse delegado vendeu os votos à Frelimo, foi no cabeça de lista da Renamo, bateram e fugiu e queimaram a casa dele".

De acordo com dados já apurados pela Comissão Nacional de Eleições CNE, o partido Frelimo no poder em Moçambique desde a independência, foi o vencedor no Conselho Autárquico de Montepuez com 13.641 votos enquanto a Renamo atingiu a cifra de 11.577 votos.

Nesta mesma província que tradicionalmente vota Frelimo, a Renamo venceu na vila de Chiure com 9.035 votos, ou seja 56%, ficando a Frelimo em segundo lugar com 6.138, equivalente a 38,5% seguida pelo MDM com 578 votos ou seja 3,58%.

Outros ilícitos eleitorais detectados

No município de Lichinga, província do Niassa foi detido no acto de votação dia 10 de Outubro, um cidadão de 20 anos de idade com dois cartões de eleitor e na madrugada desta sexta-feira (12/10) houve confrontos nos bairros de Nomba e Ntoto, a polícia disparou gás lacrimogéneo e alguns feridos foram evacuados para o Hospital Provincial do Niassa.

A polícia não confirma a detenção na cidade de Inhambane de um professor, que segundo a imprensa local foi detido por ter fotografado o seu boletim de voto e ter-se apresentado na mesa de voto com material de propaganda.

Aparício José de Nascimento, editor do semanário Malacha, publicado na vila de Moatize, província de Tete, está em paradeiro incerto, depois de ter sido ameaçado de sequestro, por ter divulgado, nos prazos estipulados por lei, resultados das eleições autárquicas e um vídeo sobre o abandono e vandalização de "kits" de votação neste mesma vila, facto que denunciou ao Instituto de Comunicação Social da África austral MISA - Moçambique que considera que tal representa uma "grave ameaça" à liberdade de imprensa e apela à intervenção das autoridades.

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