Moçambique e Tanzânia colaboram para travar ataques radicais
Mocambique vai enviar para a Tanzânia uma missão de oficiais da polícia, na sequência do anúncio da detenção neste país de 132 pessoas, que pretendiam instalar bases radicais, na província de Cabo Delgado.
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Uma equipa de oficiais da policia moçambicana vai deslocar-se a República Unida da Tanzânia, para junto das autoridades deste país vizinho inteirar-se da detenção de um grupo de 132 pessoas, que supostamente pretendiam instalar bases radicais na província de Cabo Delgado no extremo norte de Moçambique, que com a do Niassa têm fronteiras com a Tanzânia, partilham a mesma língua o swahili, sendo que os dois países rubricaram acordos de protecção e segurança mútua.
Orfeu Lisboa, correspondente em Maputo
O anúncio foi feito pelo porta-voz do Comando Geral da Policia Inácio Dina, que assegurou que enquanto isso decorrem contactos para um melhor esclarecimento das condições e circunstâncias em que essas pessoas foram detidas.
"Temos informações de o número ter subido, fala-se agora de 132, houve [inicialmente] um número de 104 e estamos em crer que vão partir alguns oficiais de Moçambique para a Tanzânia, no âmbito dessa cooperação para aprofundar este nível de detenções e das [suas] reais motivações e também verificar se entre os detidos poderá haver alguns moçambicanos".
Já na passada sexta-feira (19/10)o inspector-geral da polícia tanzaniana Simon Surro, quando anunciou a detenção de 104 indivíduos, avançou que possivelmente pretendiam atravessar a fronteira para o lado moçambicano, para aíse se fixarem.
A província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, desde Outubro de 2017 tem sido alvo de ataques de grupos armados e de alegada inspiração islâmica, que já resultaram no assassínio de quase uma centena de pessoas na sua maioria civis, bem como na destruição e saque de bens públicos e privados.
Ataques até hoje nunca reivindicados, mas que levaram à detenção de várias pessoas, sendo que estão a ser ouvidos pela justiça em Cabo Delgado desde o inicio de Outubro 189 homens e mulheres, de diferentes nacionalidades, incluindo moçambicanos, tanzanianos e eritreus, com supostas ligações a estes ataques.
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