Câmaras de vigilância no “réveillon” de Maputo
O ministro moçambicano da defesa garante que estão criadas condições para que a passagem de ano seja tranquila e livre de ataques em Cabo Delgado, no norte de Mocambique.
Publicado a: Modificado a:
Atanásio Mtumuke assegura ter sido reforçada a presença militar na região, para prevenir novos ataques, que, desde outubro de 2017, causaram mais de uma centena de mortes.
O ministro admite que tem sido difícil lidar com estes grupos sem rosto, apesar de quase 200 presumíveis autores moçambicanos e estrangeiros estarem a ser ouvidos pela justiça em Cabo Delgado, desde outubro, devendo a sentença ser pronunciada em fevereiro de 2019.
“Essa situação está sendo resolvida em termos de neutralizar aqueles que andam a assassinar as populações, que andam a destruir as casas, os bens das populações. Só que eles não mostram as suas caras. Esse é o problema que temos,” acrescentou o ministro da defesa de Moçambique.
Oiça aqui as declarações do ministro da defesa de Moçambique, Atanásio Mtumuke:
Ministro da Defesa de Moçambique
Também o ministro do interior de Moçambique, Basílio Monteiro, garante que todo o sistema de segurança estará activo na passagem de ano, incluindo câmaras de vigilância.
Segundo Basílio Monteiro, as forças de defesa e segurança estão preparadas para promover uma transição de ano pacífica.
Apesar das garantias, os ataques continuam quase todas as semanas na província nortenha de Cabo Delgado. E as populações fogem para a vizinha Tanzânia.
A violência preocupa as autoridades de Maputo e também as grandes multinacionais de gás, que começam a instalar-se na região de Cabo Delgado onde prevêm explorar as enormes reservas offshore a partir de 2022/2023.
Com a colaboração do nosso correspondente em Maputo Orfeu Lisboa.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro