Entre 2013 e 2014 Moçambique contraiu à revelia do parlamento mais de 2 mil milhões de dólares de dívidas, juntos dos bancos Crédit Suisse e VTB da Rússia a favor das empresas públicas EMATUM, Proindicus e MAM, criadas por iniciativa do Serviço de Informações e Segurança do Estado - SISE e destinadas às pesca de atum e segurança marítima.No passado sábado (29/12) foi detido no aeroporto de Joanesburgo o deputado da Frelimo Manuel Chang, antigo ministro das finanças, do governo de Armando Guebuza, na sequência de um mandado de captura emitido pelos Estados Unidos, que querem a sua extradição.Manuel Chang é indiciado de branqueamento de dinheiro e outros crimes financeiros, ligados à dívida oculta.Esta quinta-feira (3/01) foram detidos em Londres três ex-banqueiros do Crédit Suisse - entretanto libertados sob caução - e na véspera (2/01) foi preso em Nova Iorque um cidadão libanês ligado à empresa Privinvest, com sede em Abu Dabi, onde o dinheiro teria sido branqueado.Segundo o FBI as três empresas são um mero ardil, para o enriquecimento ilicito destas cinco pessoas, mas poderão surgir novas detenções e pedidos de extradição, o que Moçambique jamais fará, segundo o economista moçambicano João Mosca, para quem o "sistema jurídico moçambicano está complemtamente politizado e capturado pelo poder político da Frelimo [e logo] internamente não haverá qualquer julgamento ou responsabilização", tanto mais que 2019 é ano de eleições gerais.
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