Manuel Chang, antigo ministro das finanças de Moçambique, detido a 29 de dezembro em Joanesburgo, saberá esta quinta-feira (10/01) se será libertado sob fiança e extraditado para os Estados Unidos, que o acusam de fraude electrónica, conspiração para fraude com valores imobiliários e lavagem de capitais, no âmbito da dívida oculta de mais de dois mil milhões de dólares, contraída entre 2013 e 2014 à revelia do parlamento, a favor das empresas Ematum, Proindicus e MAM, criadas pelos serviços secretos moçambicanos -SISE.Jorge Matine, coordenador do Fórum de Monitoria do Orçamento de Moçambique, acredita que Manuel Chang será extraditado, tal como outros cidadãos moçambicanos envolvidos neste caso de desvio de fundos, apesar de não haver acordos de extradição entre estes dois países.Jorge Matine denuncia o "secretismo" das instituições públicas, que não revelam os nomes dos 18 arguidos anunciados pela PGR neste caso, mas acredita que os Estados Unidos, vão obrigar o país a tomar medidas, caso contrário tal vai fragilisar o processo de paz e as reformas políticas e económicas de que o país carece, sendo que 2019 é ano de eleições gerais em Moçambique e a oposição pode capitalizar o desenlaçe deste escândalo.
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