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Paris lançou plataforma de artistas lusófonos

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A Casa de Portugal, em Paris, foi palco do lançamento da Luso - Plataforma de Arte, Cultura e Língua Portuguesa, esta quinta-feira. A rede junta artistas portugueses, moçambicanos, brasileiros e franceses e estreou-se com uma “edição zero” de um festival que leva música, dança, teatro, desenho, instalação e vídeo a palcos parisienses até 20 de Janeiro.

Desenho de Marina Mana realizado no arranque da plataforma.10 de Janeiro de 2019.
Desenho de Marina Mana realizado no arranque da plataforma.10 de Janeiro de 2019. RFI/Carina Branco
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O lançamento da Luso-Plataforma de Arte, Cultura e Língua Portuguesa ocorreu esta quinta-feira, na Casa de Portugal da Cité Universitaire de Paris, e marcou o pontapé de saída da edição zero de um festival lusófono que vai decorrer até 20 de Janeiro em Paris.

Os "Fados, poemas e outras canções" de Rita Ana inauguraram o evento na Casa de Portugal.

Escolhi basicamente uma mistura entre fado e samba e integrei também umas canções de música tradicional da Beira Baixa. Noto que são coisas que são todas bastante tristes. A temática é triste e isso encontra-se tanto no fado como no samba, às vezes até mais no samba, apesar do ritmo ser alegre”, descreveu Rita Ana.

Ao ritmo das canções, a artista portuguesa Marina Mana desenhava, a tinta-da-china, as silhuetas dos músicos em palco e elementos do público.

Estive aqui a fazer um trabalho em directo, a desenhar os artistas que estavam a cantar, a desenhar os espectadores. Tudo sempre com tinta-da-china porque é um gesto muito imediato e corresponde bem a esse trabalho sobre o tempo que passa”, explicou Marina Mana.

O objetivo da plataforma é criar encontros entre artistas portugueses, moçambicanos, brasileiros e franceses em Paris. João Costa Espinho, coreógrafo e fundador do projeto, quis criar novas oportunidades e intercâmbios.

É uma plataforma que permite que, por um lado, artistas lusófonos se encontrem eventualmente para trocar experiências, mas também partilhem o seu trabalho entre eles e com o público em Paris de forma a permitir a internacionalização do seu trabalho. E permite, eventualmente, que programadores locais e estrangeiros possam descobrir o trabalho deles”, afirmou João Costa Espinho.

"Tudo quanto vi - um poema coreográfico para Sophia de Mello Breyner" é a proposta dos coreógrafos portugueses Solange Melo e Fernando Duarte.

Um dos poemas que nós utilizamos, quanto mais o oiço, mais penso o quão maravilhosa bailarina a Sophia de Mello Breyner poderia ter sido porque ela conseguiu definir em cinco versos o que o bailarino é: “Inventei a dança para me disfarçar…”, afirmou o coreógrafo Fernando Duarte.

A moçambicana Euridice Kala, residente em Paris,  apresenta "A felicidade vem do coração...", uma performance experimental com vídeo, música e dança que é uma reflexão sobre o trabalho no espaço pós-colonial moçambicano.

Faz parte de um projecto de pesquisa de cinco, seis anos que eu começo a materializar e que faz uma reflexão sobre o trabalho no espaço pós-colonial português, Moçambique neste caso. Esta peça é entre a composição de um grupo coral, os trabalhos de pesquisa e a entrevista ao Tenente Valentim por Eduardo Noronha”, descreveu a artista.

Além da Casa de Portugal, a Luso - Plataforma de Arte, Cultura e Língua Portuguesa vai apresentar ao público francês 19 artistas lusófonos na Gulbenkian de Paris, no centro cultural 104 e em outros espaços da capital francesa.

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