Número de recenseados em Gaza gera polémica
O número de eleitores recenseados na província de Gaza, em Moçambique, continua a gerar polémica. Segundo o Instituto Nacional de Estatísticas só em 2040 é que a província irá atingir os eleitores anunciados pelo Secretariado Técnico de Administração Eleitoral-STAE.
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O director Nacional de Censo e Estatística do INE, Arão Balate, afirma que os órgãos eleitorais moçambicanos, STAE e CNE, recensearam cerca de 230 mil eleitores a mais do que o número da população em idade eleitoral na província de Gaza, sul do país.
Arão Balate acrescenta ainda que só em 2040 é que a província de Gaza irá atingir os eleitores anunciados pelo Secretariado Técnico de Administração Eleitoral-STAE.
O responsável do INE remete qualquer explicação sobre a disparidade no número de recenseados para os órgãos eleitorais, todavia reitera que “em termos científicos ultrapassam todas as teorias demográficas”.
A apresentação tabelas surge na sequência de acusações dos partidos de oposição e de organizações da sociedade civil de que o recenseamento eleitoral na província de Gaza foi manipulado pelo STAE com a conivência da CNE, para aumentar o número de mandatos na província de Gaza.
Ontem, a Renamo anunciou que iria, nos próximos dia, pedir formalmente à Procuradoria-Geral da República a realização de uma auditoria externa e independente ao processo.
Recorde-se que na semana passada, a principal força de oposição, apresentou junto da Procuradoria-Geral da República uma queixa-crime contra membros do STAE e da CNE, a quem acusa de serem responsáveis pelas alegadas ilegalidades que ocorreram no recenseamento eleitoral na província de Gaza.
Moçambique realiza eleições gerais a 15 de Outubro deste ano.
Correspondência de Orfeu Lisboa
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