Moçambique: Renamo distancia-se das ameaças da junta militar
Renamo distancia-se das ameaças de inviabilização do processo eleitoral da junta militar. O principal partido da oposição apela por isso ao bom senso do grupo dos mesmos assim como considera ser papel do Governo defender o país deste tipo de ameaças.
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As declarações do presidente da Junta Militar são nocivas para a paz e para a reconciliação nacional cujo acordo foi assinado no início do mês, considera o Porta-voz da Renamo, José Manteigas, para quem a defesa da nação é dever do Estado mas apela ao bom senso dos guerrilheiros liderado pelo tenente general Mariano Nhongo que ameaçam inviabilizar o processo eleitoral caso o governo não aceite com eles negociar o processo de desmilitarização, desmobilização e reintegração.
A Renamo, principal partido da oposição, distancia-se assim das ameaças da junta militar e garante vai concorrer às eleições gerais de 15 de Outubro tendo Ossufo Momade como candidato presidencial.
Recorde-se que antes do arranque da campanha eleitoral com vista as eleições gerais marcadas para 15 de Outubro, em Moçambique, o presidente da Junta militar da Renamo ameaçou inviabilizar a realização de todo o processo, caso o governo não aceite dialogar com o grupo armado. Em entrevista telefónica à RFI, o tenente general, Mariano Nhongo foi claro: "Se não conversarem connosco, campanha não há-de haver e nós vamos lutar convosco".
A Junta militar reitera na voz do seu presidente que não reconhece os acordos de cessação das hostilidades e de paz e reconciliação nacional.
Mais pormenores com o nosso correspondente, Orfeu Lisboa.
Correspondência de Orfeu Lisboa
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