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Moçambique/África do Sul

Moçambicanos protestam contra xenofobia na África do Sul

Os moçambicanos marcharam, este sábado, em várias cidades do país, incluindo em Maputo, em protesto contra os ataques armados em Cabo Delgado e também contra os ataques xenófobos na África do Sul. Mais de uma centena de emigrantes regressou a Moçambique desde a nova onda de violência no país vizinho.

Joanesburgo, na África do Sul, também foi palco de marchas contra a xenofobia este sábado, 14 de Setembro de 2019. Esta senhora escreve no cartaz "Párem de matar os nossos maridos."
Joanesburgo, na África do Sul, também foi palco de marchas contra a xenofobia este sábado, 14 de Setembro de 2019. Esta senhora escreve no cartaz "Párem de matar os nossos maridos." MICHELE SPATARI / AFP
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Desde o início de Setembro, pelo menos 12 pessoas morreram vítimas de ataques xenófobos na África do Sul. O governo moçambicano indicou que mais de 400 moçambicanos manifestaram interesse em regressar ao país. Para já, 138 pessoas foram assistidas num centro de trânsito em Moamba.

Em declarações recolhidas pelo nosso correspondente, Orfeu Lisboa, Razaque Manhique, o primeiro secretário da Frelimo em Maputo, explicou por que se organizou a marcha.

Solidarizámo-nos com os moçambicanos, não só os nossos irmãos moçambicanos como também os nossos irmãos de diversas nações que lá se encontram, com particularidade para os africanos. Pedimos ao governo sul-africano para que definitivamente tome medidas em relação a esta questão de xenofobia. Não podemos, como africanos, estar a viver, de três em três meses, com o coração na mão”, afirmou.

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Razaque Manhique, Primeiro Secretário da Frelimo em Maputo

Hoje, o presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, vaiado por cidadãos do Zimbabué quando assistia à cerimónia de despedida de Robert Mugabe, apresentou desculpas pela violência contra estrangeiros e disse que os seus compatriotas "não são xenófobos".

Luísa Patrício, de 23 anos, vivia há quatro anos na África do Sul, onde trabalhou como cabeleireira e vendedora de comida no mercado informal. Teve de abandonar o país de mãos a abanar quando a sua casa foi incendiada. Agora está no ponto de acolhimento em Moamba e foi ouvida pela agência Lusa.

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Moçambicana vítima da onda de xenofobia na África do Sul

 

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