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Moçambique

Moçambique: casa da mãe de Manuel de Araújo incendiada

Foi incendiada esta madrugada a residência de Inês Mário Alculete, mãe de Manuel de Araújo, edil de Quelimane e candidato da Renamo, na oposição, ao cargo de governador da Zambézia, no centro do país, no âmbito das eleições gerais de 15 de Outubro. O incêndio da habitação situada no bairro de Coalane em Quelimane, não causou vítimas mas provocou danos materiais importantes.

Interior da casa da mãe de Manuel de Araújo, após o incêndio na madrugada deste 16 de Setembro de 2019.
Interior da casa da mãe de Manuel de Araújo, após o incêndio na madrugada deste 16 de Setembro de 2019. Facebook
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De acordo com um dos guardas que vigiavam a casa da mãe do edil de Quelimane, desconhecidos introduziram-se no recinto e regaram com combustível a habitação antes de lhe pegar fogo. Segundo Manuel de Araújo que refere ter chegado ao local pouco depois do sucedido, cinco desconhecidos vistos nas imediações da casa poderiam estar por detrás deste acto, os referidos indivíduos estando entretanto a monte.

O candidato da Renamo que ainda recentemente denunciou ter sido alvo de tentativas de intimidação e inclusivamente ameaças de morte considerou que esta nova ocorrência tem uma marca política e responsabilizou o Presidente da República e o partido no poder pelo clima de violência que ensombra esta campanha. Por sua vez, reagindo a estas acusações, a Frelimo já condenou o sucedido e garantiu que "a polícia está a trabalhar para encontrar" os infractores. Mais pormenores com Orfeu Lisboa.

01:14

Orfeu Lisboa, correspondente da RFI em Maputo

Este episódio segue-se aos vários outros ilícitos que têm marcado a campanha eleitoral desde que arrancou há mais de duas semanas. Num encontro neste fim-de-semana entre os membros da Comissão Nacional de Eleições (CNE) e os mandatários dos partidos políticos que participam na corrida eleitoral, a CNE expressou a sua preocupação com os atropelos à lei e o grau de violência que têm marcado os primeiros dias de caça aos votos.

Segundo dados da CNE, até ao Sábado passado, deram-se pelo menos 33 casos de ilícitos eleitorais, entre os quais “destruição de cartazes e panfletos, violação da liberdade de reunião, ofensas corporais voluntárias, pancadaria em cruzamentos de caravanas”, sendo que a comissão indica que foram detidos 29 suspeitos.

A mesma entidade recordou ainda que nos primeiros dias de campanha morreu um total de 14 pessoas, entre as quais 10 no incidente ocorrido na semana passada no final de um comício da Frelimo no Estádio 25 de Junho, em Nampula, as restantes quatro tendo morrido no acidente rodoviário de uma caravana de campanha do partido no poder, na província de Manica logo nos primeiros dias da campanha.

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