Soldado franco-israelense sequestrado pelo Hamas é libertado
O soldado franco-israelense Gilad Shalit, sequestrado durante cinco anos pelo Hamas na Faixa de Gaza, está livre. Ele se declarou em boa saúde à televisão egípcia, onde apareceu cercado por seguranças, usando um boné e roupas civis. A troca de prisioneiros palestinos pelo soldado israelense começou nas primeiras horas desta manhã.
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Gilad Shalit, 25 anos, foi detido em junho de 2006 por militantes do grupo palestino Hamas. Um porta-voz do Exército israelense garantiu que o estado de saúde de Shalit é “bom e satisfatório”, de acordo com os primeiros exames médicos que foram realizados no jovem. Ele já conversou por telefone com seus pais.
"Shalit teve uma primeira conversa emocionante com a sua família. Ele será transferido para a base de Tel Nof, onde encontrará os familiares, o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, o ministro da Defesa, Ehud Barak, e o chefe do Estado Maior de Israel, Benny Gantz", disse Yoav Mordechaï. Antes, o próprio soldado declarou-se saudável a uma emissora egípcia.
As autoridades israelenses prometeram uma “recepção discreta, em respeito às necessidades do soldado e de sua família”. Ele deve ir para a sua cidade, Mitzpe Hila, no norte do país.
As reações à soltura de Shalit se espalharam pela Europa. A Comissão Europeia saudou o sucesso das negociações. As organizações judaicas da França exprimiram “enorme emoção” ao anúncio do retorno a Israel do soldado, que também tem a nacionalidade francesa. Diversos políticos também saudaram a notícia no país.
Hoje, 477 prisioneiros palestinos que foram negociados em troca da libertação dele serão soltos ao longo do dia. Eles já começaram a ingressar na Faixa de Gaza, vindos do Egito: essa foi a condição para que os membros do Hamas entregassem o soldado para as autoridades israelenses. Na Cisjordânia, um comboio de vários ônibus transportava, nesta manhã, os palestinos libertados em direção a Ramalla, onde eles serão recebidos pelo presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas.
Mais de 200 mil pessoas já aguardam a chegada de 296 ex-prisioneiros na praça Katiba, em Gaza. Haverá uma cerimônia oficial para recepcioná-los. O Hamas declarou feriado nessa terça-feira e proibiu disparos de armas durante as festividades.
Do grupo de 477 prisioneiros libertados hoje, entre os quais 27 mulheres, 40 vão para o exílio da Turquia, no Catar e na Síria. Encerrada esta primeira fase do acordo assinado entre Israel e o Hamas, outros 550 prisioneiros serão libertados daqui a dois meses.
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