Ministros de Economia da Liga Árabe definem sanções contra a Síria
Os ministros de Economia e Finanças dos países da Liga Árabe se reuniram neste sábado no Cairo para definir a aplicação de sanções econômicas contra a Síria diante da postura do regime de Bachar Al Assad de não colocar um fim à repressão violenta contra seus opositores. O conjunto de medidas deverá ser aprovado pelos ministros das Relações Exteriores que se reunirão neste domingo na capital egípcia.
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As sanções devem incluir uma suspensão de voos para a Síria e um congelamento das transações comerciais com o Banco Central do país, de acordo com a resolução aprovada na quinta-feira pela Liga Árabe. Os ministros também estudam a suspensão de trocas comerciais entre os países árabes e Damasco.
A reunião, que conta com a participação do vice-primeiro ministro Ali Babacan, da Turquia, um dos principais parceiros comerciais da Síria, foi decidida após o regime sírio ter ignorado o ultimato dado pela Liga Árabe sobre um plano de saída para a crise que previa o fim da violência e o envio de uma missão de observadores ao país.
A economia síria, que já sofre as consequências de sanções econômicas adotadas pelos Estados Unidos e União Europeia, corre o risco de ficar bastante debilitada se os países da Liga Árabe aplicaram as medidas de represália já que metade das exportações e cerca de um quarto das importações da Síria são feitas com os países do bloco.
Para serem adotadas, as sanções devem ser aprovadas por dois-terços dos 22 países membros da Liga Árabe. Muitos países como o Iraque, Líbano e Jordânia hesitam em aprovar as sanções devido aos fortes laços econômicos com o governo sírio.
O ministro jordaniano das Relações Exteriores, Nasser Jawdeh, disse neste sábado em Amã que as medidas devem ser analisadas de acordo com os “interesses e compatibilidade de cada estado”.
« O Iraque expressou suas reservas sobre o projeto da Liga Árabe”, afirmou o chanceler iraquiano Hoshyar Zebari, acrescentando que do ponto de vista de seu país, “é impossível impor sanções à Síria”.
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