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Iêmen/ transição

Presidente do Iêmen diz que vai para os EUA

O presidente do Iêmen, Ali Abdallah Saleh, anunciou hoje que vai deixar em breve o país rumo aos Estados Unidos, mas não precisou nem a data, nem as circunstâncias da partida. Ele explicou que deseja dar espaço para o governo interino trabalhar.

Manifestantes foram recebidos com tiros, jatos de água e gás lacrimogêneo, neste sábado.
Manifestantes foram recebidos com tiros, jatos de água e gás lacrimogêneo, neste sábado. REUTERS/Khaled Abdullah
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Em novembro, Saleh assinou um acordo de transferência de poder para o seu vice-presidente, Abd-Rabbu Mansour Hadi, que vai comandar o país até a realização das eleições antecipadas para fevereiro de 2012.

“Eu vou aos Estados Unidos. Não para um tratamento, porque estou bem. Mas para evitar chamar atenção, as câmeras, e para permitir ao governo de união de preparar corretamente as eleições”, declarou, a jornalistas.

“Ficarei lá vários dias e depois retornarei, porque não vou deixar meu povo e meus camaradas que me são fieis há onde meses”, explicou, afirmando em seguida que vai se retirar da vida política e “retornar às suas enquanto membro da oposição”.

Em junho, durante um bombardeio ao palácio onde reside, na capital Sanaa, Saleh foi gravemente ferido e teve de permanecer hospitalizado por mais de três meses na Arábia Saudita. Protestos populares pedem a sua saída do poder desde fevereiro.

Neste sábado, dezenas de milhares de manifestantes se dirigiram ao palácio para exigir que Saleh seja submetido a um processo pela repressão ordenada por ele aos protestos populares, que resultou em centenas de mortos. A polícia revidou com tiros e matou sete manifestantes, deixando dezenas de outros feridos. Muitos deles tinham vindo a pé de Taez, a 270 quilômetros da capital, apenas para participar da manifestação.

Os policiais ainda utilizaram jatos de água e gás lacrimogêneo para afastar os manifestantes. Os feridos foram recebidos em diversos hospitais da cidade.
 

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