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Síria/ONU

No Egito, Kofi Annan defende saída pacífica para conflito na Síria

O emissário da ONU para a Síria, Kofi Annan, disse nesta quinta-feira que vai propor para o regime sírio uma solução pacífica para colocar um fim no conflito. A declaração foi feita depois de um encontro com o secretário-geral da Liga Árabe, Nabil Elarabi, no Cairo, onde ele prepara sua missão à Síria, neste sábado.

Kofi Annan (e)  durante encontro com Alain Juppé, chanceler francês.
Kofi Annan (e) durante encontro com Alain Juppé, chanceler francês. REUTERS/Denis Balibouse
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O emissário da ONU defende o diálogo e acredita que o fim da guerra civil na Síria passa necessariamente por uma solução política. "Nós faremos o possível para colocar um fim na violência e no banho de sangue. O povo sírio merece mais do que isso. É um povo corajoso que caiu em uma armadilha", disse Para o representante das Nações Unidas, uma intervenção militar só pioraria a situação.

As declarações do emissário da ONU foram criticadas pelos representantes da oposição síria. Os ativistas consideram que o diálogo só dá mais tempo para Bachar al-Assad manter a ofensiva e acabar com a revolta. Alguns opositores defendem a criação de uma zona de exclusão aérea, como no caso da Líbia, para impedir que haja outros massacres como em Homs. Para o jornalista e assessor do Conselho Revolucionário Militar sírio, Fahad al-Masri, “Kofi Annan poderá, na melhor das hipóteses, apenas obter uma autorização para liberar a entrada de ajuda humanitária.” Em sua opinião, a comunidade internacional deveria armar os desertores do exército líbio, que formam o Exército Sírio Livre. A oposição é composta de diversas facções, algumas delas, como é o caso do Conselho Revolucionário, contrárias ao Conselho Nacional Sírio.

A secretária da ONU para questões humanitárias, Valerie Amos, que pôde visitar Homs nesta quarta-feira, disse que o bairro de Bab Amr está completamente destruído e se disse "extremamente chocada" com a situação na região. Nesta quinta-feira, ela se reuniu com representantes do regime e do Crescente Vermelho Árabe para discutir o acesso da ajuda humanitária ao país. Mais de 8 mil pessoas morreram vítimas da repressão na Síria desde o início do movimento de contestação em 15 de março de 2011.

Vice-ministro do petróleo pede demissão

O vice-ministro do petróleo sírio, Abdo Hussameddine, anunciou nesta quinta-feira que vai deixar o governo para denunciar a violência de Bachar al-Assad. Este é o primeiro responsável do regime que se alia à oposição depois de um ano de revolta. Na sua carta de demissão, o ex-ministro também acusa a Rússia e a China de serem cúmplices do regime no massacre da população civil.
 

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