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Egito/Eleições

Militares podem deixar o poder no Egito, após eleição presidencial de maio

O exército egípcio, no poder desde a queda do ditador Hosni Moubarak em fevereiro de 2011, pode abandonar o governo caso um novo presidente seja eleito já no primeiro turno previsto para os dias 23 e 24 de maio. Nesta quarta-feira, ao menos 11 pessoas morreram e cerca de cem ficaram feridas em confrontos nas proximidades do prédio do Ministério da Defesa, no Cairo.

Confrontos entre islamistas marcaram a tarde desta quinta-feira no Cairo.
Confrontos entre islamistas marcaram a tarde desta quinta-feira no Cairo. REUTERS /Asmaa Waguih
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Há seis dias, manifestantes que pedem a saída dos militares estão reunidos no local. Eles foram atacados no amanhecer por um grupo não identificado. De acordo com a agência de notícias oficial MENA, (Middle East News Agency, na sigla em inglês), eles foram agredidos com pistolas, pedras e bastões. Ambos os campos utilizaram coquetéis molotov durante o ataque. Entre os manifestantes estavam alguns dos partidários do salafista Hazem Abou Ismail, que teve a candidatura à eleição presidencial rejeitada pela comissão eleitoral na última semana.

O aumento da tensão política levou a suspensão provisória da campanha de dois candidatos. Abdel Moneim Abdou Fotouh, segundo colocado de acordo com uma pesquisa de intenções de voto publicada pelo jornal Al Ahram, e o candidato da Irmandade Muçulmana, Mohamed Morsi,  favorito na corrida presidencial, paralisaram suas campanhas por dois dias em homenagem às vítimas das violências.

No domingo, um outro confronto na mesma região deixou um morto e 119 feridos. O exército e a polícia instalaram um cordão de isolamento dividindo os dois campos no bairro de Abbassiya, na capital egípcia. Durante à tarde, apesar da calma as ruas que ligam o bairro continuaram fechadas. Alguns partidos convocaram manifestações na mesma área para denunciar as violências.

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