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Síria/Violência

Japão confirma morte de jornalista em zona de combate na Síria

Um mês depois do início da batalha de Aleppo, no norte da Síria, os rebeldes continuam a resistir aos ataques das forças do governo de Bashar al-Assad, mas o saldo do conflito é dramático. Ontem, pelo menos 167 pessoas morreram na cidade. Entre os mortos está a jornalista japonesa Mika Yamamoto, de 45 anos, que foi atingida durante uma troca de tiros entre as forças do governo e rebeldes.

Mika Yamamoto, jornalista japonesa morta na Síria nesta segunda-feira 20 de agosto.
Mika Yamamoto, jornalista japonesa morta na Síria nesta segunda-feira 20 de agosto. REUTERS/Kyodo
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A jornalista Mika Yamamoto trabalhava para a agência de notícias Japan Press. Seu corpo foi reconhecido por um colega, conforme revelou um funcionário do ministério das Relações Exteriores do Japão. "Estava trabalhando em Aleppo, quando se viu em meio a um tiroteio", disse o funcionário.

Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), a jornalista foi morta em Sleiemane al-Halabi, bairro da zona leste da cidade onde violentos combates eclodiram na manhã de segunda-feira entre tropas do governo e rebeldes. Yamamoto chegou a ser levada para o hospital, mas não resistiu a um ferimento no pescoço. Outros três jornalistas estrangeiros, uma libanesa, um turco e um árabe de nacionalidade não revelada, que estavam em Aleppo continuam desaparecidos.

Mika Yamamoto entrou em 1995 para a Japan Press. Ela cobriu vários conflitos armados, entre eles a ofensiva aliada comandada pelos Estados Unidos no Afeganistão, no final de 2001, e a guerra do Iraque, em 2003. Ela é a quarta jornalista morta desde o início da insurreição popular na Síria, depois do repórter francês Gilles Jacquier, da americana Marie Colvin e do fotógrafo francês Rémi Ochlik, atingidos por bombardeios em Homs.

Mulheres e crianças mortas

Na manhã desta terça-feira, pelo menos nove pessoas, entre elas duas mulheres e duas crianças, um menino de 9 anos e uma menina de 5 anos, morreram atingidos por um bomberdeio em Aleppo, segundo o OSDH. O órgão também informou que 12 cadáveres, incluindo os corpos de duas crianças, foram encontrados no bairro de Qaboun, em Damasco.

Comunidade internacional aumenta a pressão contra o presidente sírio

Ontem o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que seu governo pode considerar a eventualidade de uma intervenção militar se for confirmada a utilização de armas químicas e biológicas.

O presidente francês, François Hollande, avalia que a renúncia de Bashar al-Assad é essencial para solucionar o conflito. O presidente francês se reuniu nessa segunda-feira em Paris com o novo mediador internacional para a Síria, Lakhdar Brahimi. Durante o encontro, Hollande disse que nenhuma solução política será possível na crise síria sem que al-Assad deixe o poder. Mas o líder francês enfatizou que a prioridade é cessar a violência que tomou conta do país há 17 meses.

Hoje, o ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius, recebe em Paris o presidente do Conselho Nacional Sírio (CNS), principal coalizão de oposição, Abdel Basset Sayda.

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