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Egito/Crise

Egito vota na segunda fase do polêmico referendo constitucional

Metade dos eleitores egípcios vai às urnas neste sábado, 22 de dezembro de 2012, para votar na segunda fase do polêmico referendo constitucional. O texto da nova Constituição, proposto pelo governo do presidente Mohamed Mursi e apoiado pelos islamitas, divide o país. Ontem, novos confrontos entre partidários e opositores do projeto deixaram 62 feridos em Alexandria.

Eleitora em frente de uma seção eleitoral no sul do Cairo, neste sábado 22 de dezembro de 2012.
Eleitora em frente de uma seção eleitoral no sul do Cairo, neste sábado 22 de dezembro de 2012. REUTERS/Amr Abdallah Dalsh
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A primeira fase do referendo sobre o projeto de Constituição aconteceu há uma semana. Hoje, 26 milhões de eleitores de 17 regiões do Egito vão às urnas para se pronunciar na segunda e última fase do referendo.

As manifestações contra e a favor do projeto de Constituição baseado na Sharia, a lei islâmica, se multiplicaram na véspera da votação. Em Alexandria, a segunda cidade do país, houve confrontos entre os manifestantes dos dois campos que deixaram 62 feridos. O Egito está dividido. Mas apesar da intensa campanha feita pela oposição e da crise política que vive o país, tudo indica que o texto será aprovado pela população.

Antes mesmo do início da votação esta manhã, já havia fila na frente de várias seções eleitorais. Os islamitas, que defendem o projeto da Constituição e o presidente Mursi, querem obter uma vitória nacional do sim superior aos 70%. Na primeira fase do referendo, o sim obteve 57% dos votos.

A Frente da Salvação Nacional, que reúne a oposição egípcia, espera impedir essa grande vitória do sim, apesar de achar que, como há uma semana, haverá fraudes na votação. Após a primeira fase do referendo constitucional, a oposição entrou com várias queixas denunciando irregularidades no processo que praticamente foram ignoradas pela comissão eleitoral.

A votação da segunda fase do referendo constitucional no Egito está prevista para terminar às 19h, horário local (15h em Brasília). O referendo constitucional em duas fases foi decidido após o boicote de vários juízes egípcios encarregados de supervisionar a votação. Eles acusam o presidente Mursi de restringir a independência da Justiça no país.
 

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