Emissário da ONU volta à Síria para tentar negociar o fim do conflito
O emissário internacional da ONU para a Síria, Lakhdar Brahimi, chegou neste domingo a Damasco para tentar mais uma vez encontrar uma solução para o conflito sírio. No momento da chegada de Brahimi ao país, um bombardeio das forças do regime matou 60 civis que estavam na frente de uma padaria nas proximidades de Hama, no centro do país.
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O emissário especial da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Lakhdar Brahimi, chegou neste domingo ao país de carro, vindo do Líbano. Os combates na região do aeroporto internacional de Damasco impediram que ele fizesse a viagem de avião.
Pouco antes da chegada de Brahimi, o ministro sírio da Informação, Omrane al-Zohbi, garantiu que não tinha sido informado da visita, mas pediu o diálogo para superar o conflito. A oposição síria impõe como condição para sentar na mesa de negociação a partida de Bashar al-Assad do poder.
Na sua última visita a Damasco, o emissário da ONU se encontrou com o presidente Assad e conseguiu negociar uma trégua durante a festa muçulmana de Eid al-Adha, no final de outubro, que nunca foi respeitada.
Esta nova visita de Brahimi acontece após 21 meses de confrontos que deixaram mais de 44 mil mortos.
Bombardeio contra civis
Tudo indica que o bombardeio deste domingo na região de Hama, no centro da Síria, será um dos mais violentos desde o início do conflito sírio, há quase dois anos. De acordo com o Observatório Sírio de Direitos Humanos, mais de 50 pessoas estão gravemente feridas e o balanço de mortos poderá ser superior a 60.
Por causa da falta de alimentos na região, dezenas de pessoas faziam fila na padaria da localidade rebelde de Halfaya no momento do bombardeio aéreo neste domingo. Os rebeldes afirmam que o regime do presidente Bashar al-Assad multiplica esses ataques para aterrorizar a população
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