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Índia/estupro

Premiê indiano pede calma depois de protestos contra estupro coletivo

O primeiro-ministro indiano Manmohan Singh pediu nesta segunda-feira à população que tenha calma, depois de vários dias de violentos protestos em Nova Délhi e outras cidades contra o estupro coletivo de uma jovem em um ônibus, no último dia 16. Depois do confronto entre os manifestantes e a polícia, as autoridades do país bloquearam acesso às rodovias e às estações de trem.

Manifestantes protestam contra estupro coletiva ocorrido em ônibus em Nova Délhi
Manifestantes protestam contra estupro coletiva ocorrido em ônibus em Nova Délhi Reuters/Adnan Abidi
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Diante da revolta popular, o premiê prometeu que "fará tudo que estiver ao seu alcance" para garantir a segurança das mulheres no país. Em um comunicado publicado no fim da noite de domingo, ele qualificou o crime contra a jovem de "monstruoso". Esta foi a primeira vez que primeiro-ministro se manifestou, desde que ocorreu o incidente, há uma semana.

A vítima, uma estudante de Medicina de 23 anos, foi violentada e espancada por seis homens dentro de um ônibus, inclusive o motorista, antes de ser jogada para fora com o veículo ainda em movimento, no último dia 16 de dezembro. A jovem continua internada em estado grave e o seis agressores foram presos. A Índia é considerada um dos países mais perigosos do mundo para as mulheres, onde um estupro acontece a cada 18 horas. Mas o número é provavelmente muito maior já que a maioria não chega a prestar queixa.

Os atos desencadearam uma onda de indignação na Índia: apenas ontem, uma centena de pessoas ficaram feridas nas manifestações, entre elas 60 policiais. No fim de semana, a polícia teve que usar bombas de gás lacrimogêneo, cassetetes e canhões de água. Para diversos especialistas, o crime trouxe à tona a insatisfação da população, que considera que o governo tem ignorado as questões sociais em detrimento do crescimento econômico.

Depois do crime cometido contra a estudante na semana passada, as autoridades prometeram um reforço do patrulhamento para que as mulheres se sintam mais seguras quando estiverem voltando no trabalho. Uma das ideias é instalar GPSs no transporte público, aumentar o número de linhas noturnas e instaurar mandados de busca imediatos em caso de estupro ou agressões sexuais.Por medida de segurança, hoje todas as ruas de acesso aos prédios do governo e ao palácio presidencial permanecerão bloqueadas. Diversas estações de metrô também estão fechadas.

 

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