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Rússia/Greenpeace

Greenpeace organiza "dia de solidariedade" aos ativistas detidos na Rússia

Greenpeace organiza neste sábado manifestações em 47 países para pedir a libertação dos 28 ativistas e dois jornalistas presos na Rússia por tentarem abordar uma plataforma de petróleo no Ártico. O dia de mobilização da Ong ecologista começou na Nova Zelândia, depois na Rússia, e deve prosseguir na Europa e nos Estados Unidos.

Simpatizantes do Greenpeace exibem durante protesto neste sábado em Moscou, imagens de tripulantes do Arctic Sunrise.
Simpatizantes do Greenpeace exibem durante protesto neste sábado em Moscou, imagens de tripulantes do Arctic Sunrise. REUTERS/Maxim Shemetov
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Os 30 tripulantes do navio Arctic Sunrise do Greenpeace, abordado no dia 19 de setembro, foram colocados em prisão preventiva por um período de dois meses em Mourmansk, norte da Rússia e indiciados por “pirataria em grupo organizado”, crime punido no país com até 15 anos de detenção. Vinte e seis membros do navio são de origem estrangeira, entre eles a brasileira Ana Paula Alminhana Maciel, de 31 anos.

Entre as pessoas detidas e que cumprem prisão provisória está o capitão do navio, o americano Peter Willcox. Ele comandava o Rainbow Warrior, afundado em 1985 no porto de Auckland, na Nova Zelândia, pelos serviços secretos franceses durante a campanha da Ong contra os testes nucleares promovidos na Polinésia francesa.

Neste sábado, a Austrália expressou sua “preocupação” em relação às acusações graves de Moscou contra um de seus cidadãos e membro da tripulação do Arctic Sunrise. A Holanda lançou um procedimento de arbitragem internacional, estimando que a Rússia deveria ter permitido permissão para promover uma operação contra o navio já que a embarcação é de bandeira holandesa.

O vice-ministro russo das Relações Exteriores, Alexeï Mechkov, contestou os argumentos do governo holandês e destacou que as autoridades do país foram alertadas diversas vezes dos riscos para a equipe do Greenpeace.

Em entrevista à agência Ria Novosti, Mechkov afirmou que a ação do Arctic Sunrise foi “pura provocação”. Segundo ele, durante os últimos seis meses, a Rússia pediu à Holanda para proibir as ações do barco. “Nós temos muito mais perguntas aos holandeses do que eles para nós”, afirmou o vice-ministro.

Um grupo de simpatizantes do Greenpeace organizou uma manifestação no parque Gorki, no centro de Moscou, para reclamar a libertação dos militantes da Ong detidos. Além da Rússia, manifestações foram programas em 18 cidades francesas, sendo a mais importante delas, em Paris.

Na Alemanha, 48 cidades devem promover desfiles e passeatas. Outras capitais que agendaram manifestações são: Tóquio, Madri e Toronto. No Senegal, pescadores que no ano passado acolheram o Arctic Sunrise durante um protesto para defender os pequenos pescadores diante de uma atividade pesqueira intensiva no país previram de manifestar com seus barcos.

No campo jurídico, um tribunal de Murmansk deve se pronunciar nesta terça-feira sobre o recurso que questiona a detenção dos militantes do Greenpeace e pede a libertação deles.

 

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