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Arábia Saudita

Peregrinação dos muçulmanos a Meca é afectada por medo do coronavírus

Quase 2 milhões de peregrinos muçulmanos, um terço a menos que no ano passado, iniciaram hoje a primeira fase da peregrinação anual a Meca, na Arábia Saudita. O rito marca o início do feriado religioso conhecido como 'hajj', considerado um dos cinco pilares da religião islâmica. Este ano a peregrinação é cercada de medidas sanitárias, devido à epidemia do coronavírus, uma síndrome respiratória que já matou 51 pessoas na Arábia Saudita.

Muçulmanos rezam neste domingo na Grande Mesquita de Meca, na Arábia Saudita.
Muçulmanos rezam neste domingo na Grande Mesquita de Meca, na Arábia Saudita. REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa
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As autoridades sauditas reduziram em 20% a participação dos fiéis estrangeiros, para evitar que eles se contaminem com o coronavírus e transportem a doença a seus países de origem. Alegando obras de ampliação do santuário, o governo também restringiu o número de fiéis sauditas.

A epidemia do novo coronavírus Mers (sigla para Síndrome Respiratória Coronavírus do Oriente Médio) já matou 60 pessoas no mundo, a maioria no território saudita. O ministro da Saúde Abdala al Rabia declarou que nenhum caso da doença foi constatado entre os participantes.

Os peregrinos começaram a se reunir neste domingo no vale de Mina, nos arredores de Meca. A peregrinação é uma obrigação para todos os muçulmanos pelo menos uma vez na vida, caso sejam capazes de fazê-la. Eles chegam a Mina de carro, de trem ou a pé. Seguindo a tradição, os homens usam amplas túnicas brancas e as mulheres vão cobertas da cabeça aos pés, à exceção do rosto e das mãos.

Nas 45 mil tendas instaladas no vale de Mina, os peregrinos rezam e descansam antes de se reunir nesta segunda-feira no monte Arafat, perto da Grande Mesquita de Meca, ponto alto da peregrinação.

Devido à tensão no Oriente Médio, provocada pela guerra civil na Síria, as autoridades sauditas reforçaram a segurança da festa religiosa e advertiram que não vão tolerar uma instrumentalização política da peregrinação. Mais de 100 mil soldados e policiais estão a postos para garantir a segurança dos fiéis. A Arábia Saudita fornece armas para os rebeldes que lutam para derrubar o regime de Bashar al-Assad.

A peregrinação termina no dia 18 de outubro.

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