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Malásia/Mistério

Malásia diz que 25 países participam de busca do Boeing desaparecido

O governo da Malásia declarou neste domingo que o número de países envolvidos nas buscas para encontrar o Boeing 777 desaparecido há oito dias praticamente dobrou e chegou a 25, em um novo esforço sem precedente para encontrar o avião. A França decidiu enviar a Kuala Lumpur três peritos da BEA, a agência francesa de investigação para a aviação civil, a fim de ajudar as autoridades malásias. As buscas acontecem em uma ampla área de mar e terra.

O ministro dos Transportes da Malásia, Hishammuddin Hussein (centro), durante entrevista coletiva neste domingo (16) em Kuala Lumpur.
O ministro dos Transportes da Malásia, Hishammuddin Hussein (centro), durante entrevista coletiva neste domingo (16) em Kuala Lumpur. Reuters
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"O número de países envolvidos na operação de busca e resgate aumentou de 14 a 25, o que representa novos desafios em termos de coordenação e diplomacia", disse o ministro dos Transportes da Malásia, Hishammuddin Hussein.

A Malásia destacou no sábado que os dados por satélite mostravam que o voo MH370 da Malaysia Airlines pode ter prosseguido a viagem para um destino desconhecido, em uma ampla zona que vai do Cazaquistão até o sul do Oceano Índico, depois de ter desaparecido dos radares civis em 8 de março.

Hishammuddin disse em uma entrevista coletiva que a Malásia, que coordena as buscas, entrou em contato neste domingo com as autoridades de pelo menos 22 países para solicitar ajuda. O auxílio inclui informação por satélite e dados militares sensíveis de países como Estados Unidos, China e França.

Hisshammuddin, questionado sobre as possibilidades de sucesso em uma área de busca tão ampla, admitiu a dificuldade da tarefa. "Esperamos que as partes possam dar seu apoio e nos ajudar a reduzir a busca a uma zona mais factível", disse.

A polícia da Malásia anunciou que busca informações sobre todos os passageiros com outros países e agências de inteligência, ao mesmo tempo que reforça as investigações sobre o motivo do desvio proposital do Boeing 777 de sua ruta original Kuala Lumpur-Pequim.

A polícia revistou no sábado as residências do piloto e do copiloto e apreendeu o simulador de voo que o comandante da aeronave, Zaharie Ahmad Shah, construiu em casa.

China critica autoridades da Malásia

A China criticou a demora das autoridades malasianas em informar sobre o possível desvio ou sequestro do avião, o que só ocorreu ontem. O governo malaio disse que a desativação dos sistemas de comunicação e a brusca mudança de rumo do avião eram "coerentes com uma ação deliberada de alguém" dentro da aeronave.

"É evidente que o anúncio de informações tão essenciais chega terrivelmente tarde, após sete dias atrozes para os familiares dos passageiros desaparecidos", afirmou a agência oficial chinesa Xinhua.

Das 239 pessoas a bordo do Boeing, 153 eram cidadãos chineses

A agência considera a demora "inaceitável" e destaca que a Malásia "não pode fugir de sua responsabilidade".

"Com a ausência, ou ao menos a falta, de informação pontual comprovada, grandes esforços foram desperdiçados, concentrando as operações de busca em uma área na qual não estava o avião".

"Isto demonstra que as operações de busca dos oito últimos dias foram totalmente vãs e falharam no essencial. As hipóteses que as autoridades malasianas se esforçavam para desmentir se mostraram exatas", criticou o jornal Beijing Times.

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