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Malásia/Avião

Satélite identifica mais de 100 destroços no local onde caiu o Boeing da Malaysia Airlines

Novas imagens de um satélite espacial e de defesa da Airbus revelaram a presença de 122 objetos flutuando numa área de 400 quilômetros quadrados, informou nesta quarta-feira (26) o ministro dos Transportes da Malásia. Familiares das vítimas já acionam a justiça para pedir indenizações que podem chegar a milhões de dólares.

Mission de recherche des débris du vol MH370 sur la côte de Perth, en Australie, le 24 mars 2014.
Mission de recherche des débris du vol MH370 sur la côte de Perth, en Australie, le 24 mars 2014. AFP PHOTO / POOL / RICHARD WAINWRIGHT
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O ministro Hishammuddin Hussein informou que as imagens foram capturadas no dia 23 de março por um satélite da divisão aeroespacial da Airbus. Os tamanhos dos destroços variam de um a 23 metros, segundo Hishammuddin. Esta é a quarta série de imagens de satélites mostrando objetos que podem ser do voo MH370 em uma área situada a cerca de 2.500 quilômetros da costa ocidental da Austrália.

As buscas pelos destroços foram retomadas nesta quarta-feira no Oceano Índico, após uma melhora do tempo na região. Durante o dia, doze aviões sobrevoaram uma área de 400 quilômetros quadrados.

Especialistas advertem que recuperar as caixas-pretas do voo MH370 será uma tarefa muito difícil. O avião com 239 pessoas a bordo caiu num deserto marinho, cheio de fossas e vulcões de até 3 mil metros de profundidade, agitado por ventos fortes, paredões de água e icebergs em constante movimentação.

Ações na justiça

O pai de um passageiro do Boeing 777 entrou na justiça contra a fabricante do avião e a companhia aérea Malaysia Airlines. Os advogados do escritório Ribbeck Law prestaram uma queixa no tribunal de Illinois em nome do advogado indonésio Januari Siregar. O filho dele, Firman Siregar, de 25 anos, estava na lista de passageiros do voo MH370.

Os advogados querem saber se um eventual defeito na concepção ou uma avaria mecânica podem responsabilizar a Boeing pelo drama ou se a companhia cometou algum erro que levou ao desaparecimento do voo entre Kuala Lumpur e Pequim, no dia 8 de março. No comunicado publicado em Kuala Lumpur, os advogados estimam que “a fabricante e a companhia aérea devem responder pela catástrofe do voo MH370”. “É muito importante para as vítimas que representamos que os responsáveis sejam levados à justiça”, disseram os advogados.

A queixa estipula um prazo de 30 dias à companhia aérea e ao fabricante do avião para fornecer respostas sobre as causas do acidente, mas o processo pode durar vários anos.

O escritório de advocacia não informou o valor das indenizações pedidas na ação, mas sugeriu que a quantia pode chegar a “milhões de dólares”. “Vamos entrar com processos para obter milhões de dólares (de indenização) para cada passageiro, como foi o caso em outros processos de acidentes (aéreos) em que trabalhamos”, afirmou uma das responsáveis pelo escritório Ribbeck Law.

Os familiares dos 153 passageiros chineses mortos na tragédia também estão em contato com advogados americanos que acreditam em uma falha técnica. Segundo eles, um incêndio ou uma despressurização da cabine pode ter deixado os pilotos insconcientes. O Boeing se transformou em um “avião-fantasma", que voou durante várias horas até esgotar o estoque de combustível e cair no mar.

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