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Egito/eleições

Al-Sissi assume como novo presidente do Egito

Um ano após o golpe de Estado que derrubou Mohamed Mursi, o marechal Abdel Fattah al-Sissi tomou posse neste domingo (8). Depois de prestar juramento, o novo presidente participa ainda de outras cerimônias oficiais. Poucos chefes de Estado são esperados.

Abdel Fattah al-Sissi toma posse no domingo 8 de junho de 2014  como novo presidente do Egito.
Abdel Fattah al-Sissi toma posse no domingo 8 de junho de 2014 como novo presidente do Egito. REUTERS/Egyptian State Television via Reuters TV
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Eleito com 96,9% dos votos, o marechal e ex-chefe do Exército egípcio, jurou “em nome de Deus todo poderoso que vai preservar o sistema democrático e respeitar a Constituição”. O juramento foi prestado diante dos juízes da Corte Constitucional e de Adly Mansur, que ocupava interinamente a presidência desde 3 de julho do ano passado, logo após o golpe que derrubou Mohamed Mursi.

Ainda neste domingo, Mansur e al-Sissi assinam um documento para a transferência do poder. À noite, as cerimônias oficiais terminam com um jantar de gala no palácio de Quba para mais de 1.200 convidados. Durante o evento, al-Sissi fará um discurso.

Irmandade Muçulmana é banida

Uma das marcas do governo interino de Mansur, que se apoiava na força do Exército, foi a repressão brutal dos opositores da Irmandade Muçulmana, movimento ao qual pertencia o presidente deposto. Opositores de correntes liberais e laicas também foram reprimidos, os protestos foram proibidos e os líderes contrários ao novo governo egípcio foram presos.

De acordo com ONGs de direitos humanos, mais de 15 mil membros da Irmandade Muçulmana estão presos e quase toda a cúpula do movimento foi condenada à pena de morte em um processo relâmpago qualificado pela ONU como “sem precedente na história recente da humanidade”.

Ontem, a Corte de Apelação anulou a condenação de um policial acusado de ter matado 37 prisioneiros ligados a Mohamed Mursi. O policial havia sido condenado a 10 anos de prisão. Os prisioneiros foram mortos por asfixia com gás lacrimogêneo. Os corpos sem vida foram achados em uma caminhonete. Para a Irmandade Muçulmana, a revogação da condenação do policial é mais uma afronta.

 

 

 

 

 

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