Violência leva França a retirar seus cidadãos da Líbia
Diante de uma iminente guerra civil, a França evacuou seus cidadãos da Líbia por via marítima, levando junto um grupo de britânicos. O país segue os passos dos Estados Unidos, Canadá e Bulgária, que já haviam retirado seus funcionários diplomáticos do país. A principal base militar de Benghazi caiu nas mãos de um grupo de radicais islâmicos, em um combate que deixou 30 mortos.
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Desde a queda do regime de Muamar Kadafi, em outubro de 2011, as autoridades líbias têm cada vez mais dificuldades em controlar as dezenas de milícias islâmicas que se formaram no país.
A capital Tripoli é palco, nos últimos dias, de combates violentos entre milícias rivais e de um incêndio em um depósito de combustível que ameaça a capital. O governo líbio pediu ajuda internacional para controlar a situação, mas países como a França e a Itália exigiram o fim da violência para intervir.
A situação caótica também aumenta a onda de imigrantes que tentam deixar o país norte-africano em direção à Europa e provoca novos dramas. Mais de 20 clandestinos morreram e dezenas estão desaparecidos depois do naufrágio de uma embarcação no mar Mediterrâneo, na costa da Líbia, na terça-feira (29). Outros 22 imigrantes foram resgatados com vida, informou o porta-voz da Marinha líbia.
Combates se intensificam
O Conselho de Shura dos revolucionários de Benghazi, uma aliança de grupos islâmicos e jihadistas – entre eles o Ansar Asharia –, anunciou em um comunicado que havia tomado o controle do quartel-general, informação que foi confirmada por uma fonte militar líbia.
Os combates se intensificaram há uma semana em Benghazi, provocando 60 mortos desde o sábado, segundo fontes médicas da cidade. As forças especiais sob o comando do coronel Wanis Abu Jamada se retiraram após sofrer vários ataques.
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