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Israel/Gaza

Forças israelenses retiram soldados do norte mas vão manter combates "até o fim", diz premiê

Israel retirou uma parte dos soldados no norte de Gaza neste sábado (2), mas a ofensiva vai continuar na região, segundo o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu. O premiê declarou que o Hamas "vai pagar caro" pelos ataques contra Israel e que está determinado a agir "o tempo que for necessário." O Hamas reagiu, dizendo que manterá o combate até "atingir seu objetivo."

Soldado israelense neste sábado perto da Faixa de Gaza.
Soldado israelense neste sábado perto da Faixa de Gaza. REUTERS/Siegfried Modola
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As forças armadas israelenses retiraram neste sábado uma parte dos soldados concentrados no norte da Faixa de Gaza, segundo dois canais de TV do país. O exército informou à população das cidades de Beit Lahuiya e Al-Atatra que era necessário "prestar atenção" às bombas que o Hamas havia disseminado na região da fronteira, mas que poderiam voltar às suas casas.

As duas cidades, atacadas nas duas últimas semanas, estão situadas entre o vilarejo de Umm el -Nasr e o centro de Gaza, mas ainda continuavam desertas no sábado. Apesar do anúncio feito pelos israelenses, os habitantes têm medo de voltar para suas residências e preferem continuar abrigados em escolas ou outros locais utilizados como refúgios pela população desde o início da ofensiva.

Hoje o premiê Benjamin Netanyahu declarou que continuará os combates depois da destruição dos túneis para evitar novos ataques a partir de Gaza. Ele manterá as forças na região "o tempo que for necessário, com as forças que fossem necessárias", disse. "Nossas forças continuarão a agir de acordo com nossas necessidades, até atingirmos o objetivo de reestabelecer a segurança dos cidadãos de Israel. O Hamas vai pagar caro pelos ataques", disse o premiê.

As forças israelenses darão continuidade à missão de destruição de alvos estratégicos: túneis, fábricas, depósitos e centros de comando.

Ataques deixam 74 mortos hoje em Gaza

Apesar da trégua no norte, o restante da região continua sendo submetido aos bombardeio e pelo menos 74 pessoas morreram hoje na Faixa de Gaza, a maior parte em Rafah, que se tornou alvo dos militares israelenses desde o desaparecimento, nesta sexta-feira, do soldado Hadar Goldin, de 23 anos.

Segundo o exército do país, ele foi capturado durante uma operação para destruir os túneis utilizados pelo Hamas, que diz não ter notícias do militar. Com isso, o cessar-fogo de três dias que havia sido decidido na quinta-feira, durou apenas algumas horas, e os bombardeios foram retomados já na sexta-feira.

Delegação palestina se reúne com responsáveis egípcios neste domingo

Neste sábado, uma delegação composta de representantes do Hamas, de seu aliado Jihad Islâmico e do Fatah chegou à noite no Cairo para relançar as negociações sobre a interrupção dos combates.

O encontro com os responsáveis egípcios deve acontecer neste domingo. Israel decidiu não participar da reunião, se recusando a negociar com o Hamas, "que não é digno de confiança", segundo o gabinete de segurança.

De acordo com o último balanço das equipes médicas em Gaza, a operação "Limite Protetor" lançada por Israel no dia 8 de julho já deixou 1669 palestinos mortos, a maioria civis, e 63 soldados israelenses.

 

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