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Rússia/Snowden

Rússia concede visto de estadia de três anos para Snowden

O ex-consultor da CIA Edward Snowden, que revelou um programa do governo americano de monitoramento eletrônico em massa, obteve um visto de estadia de três anos do governo russo. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (7) pelo seu advogado Anatoli Koutcherena.

Edward Snowden participa de teleconferência no Parlamento Europeu em Estrasburgo.
Edward Snowden participa de teleconferência no Parlamento Europeu em Estrasburgo. Reuters/Vincent Kessler
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O visto entrou em vigor no dia 1° de agosto. Segundo seu advogado, o técnico em informática, que revelou o esquema de espionagem da NSA (Agência Nacional de Segurança Americana), tem autorização para viajar ao exterior.

Depois de fugir dos Estados Unidos, passar por Hong Kong e desembarcar no aeroporto de Moscou em 2013, onde ficou preso na zona de trânsito por mais de um mês, Snowden recebeu um visto provisório de um ano. Em seguida, seu advogado pediu a prorrogação da estadia, deferida recentemente.

O momento político é ideal: por conta da crise na Ucrânia, a Rússia é alvo de sanções dos Estados Unidos, que emitiram um mandado de prisão contra o ex-consultor. O clima de tensão entre os dois países beneficia Snowden, que está protegido das autoridades americanas.

Snowden vive escondido na Rússia

O consultor em informática vive em um local ignorado na Rússia e poucas fotos suas vazaram na imprensa. A última, publicada há poucos dias, mostra Snowden no camarote do teatro Bolchoï, assistindo a um espetáculo.

Edward Snowden revelou a existência de um programa de monitoramento eletrônico envolvendo o governo americano e diversas empresas do setor da Internet, entre elas Google, Facebook e Microsoft. Seus documentos provaram que as autoridades americanas tiveram acesso a dados e telefonemas de internautas e chefes de Estado do mundo todo, entre eles a presidente Dilma Rousseff.

O caso levou a presidente brasileira a cancelar a visita oficial que faria aos Estados Unidos em outubro do ano passado. O Brasil e a Alemanha também elaboraram uma resolução conjunta, preconizando o respeito à privacidade e mudanças nas práticas de espionagem. O documento foi adotado pela Assembleia Geral da ONU em novembro de 2013.
 

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