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Coreia do Sul/ papa

Em missa na Coreia do Sul, papa critica consumismo

No segundo dia de visita à Coreia do Sul, o papa Francisco realizou nesta sexta-feira (15) a primeira missa no país. Diante de milhares de fiéis em Daejon, o pontífice criticou a sociedade de consumo, que segundo ele é responsável pela “desesperança” que leva às drogas e ao suicídio. A cerimônia acontece no dia da comemoração da Assunção de Maria, 15 de agosto, celebrada pelos católicos do mundo inteiro.

Papa chega ao local de nascimento de São Kim Taegon Andrea, o primeiro padre coreano.
Papa chega ao local de nascimento de São Kim Taegon Andrea, o primeiro padre coreano. REUTERS/Issei Kato
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A data também coincide com o dia da independência da Coreia da dominação japonesa, em 1945. A missa para cerca de 2 mil jovens vindos de 23 países da Ásia ocorreu no World Cup Stadium da cidade, no centro do país. Os fiéis participam da 6ª Jornada da Juventude Asiática.

Diante da multidão emocionada, Francisco afirmou que “a esperança oferecida pelo Evangelho é o antídoto para o espírito de desesperança que parece crescer, como um câncer, na sociedade” e que segundo ele “causa uma tristeza interior e um vazio”.

O papa foi incisivo nas críticas ao modelo de sociedade competitiva, que impera cada vez mais na Ásia. “Nós vemos sinais de uma idolatria da riqueza, do poder e do prazer que tem grandes custos em vidas humanas”, afirmou. “O sofrimento causado pela pobreza espiritual, a solidão e a desesperança silenciosa é sentido. É como um deserto espiritual que se espalha por todo o mundo.”

Vizinhos não puderam participar

A Coreia do Sul tem cerca de 5,5 milhões e meio de católicos, um número que aumentou bastante na última década. Amanhã, Francisco vai beatificar um grupo de mártires coreanos que morreram pela igreja nos séculos 18 e 19. Um milhão de pessoas são esperadas na cerimônia.

Os católicos norte-coreanos foram convidados para as celebrações. Mas o regime da Coreia do Norte impediu que eles fizessem a viagem. Segundo a ONU, os católicos do país só podem praticar a religião em associações e sofrem perseguição das autoridades norte-coreanas.

 

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