Críticas contra Moscou agitam passagem de Putin na cúpula do G20 na Austrália

Alvo de críticas de parte da comunidade internacional por causa de sua posição na crise ucraniana, o presidente russo Vladimir Putin teria exprimido sua intenção de encurtar sua estadia na reunião de cúpula do G20 em Brisbane, na Austrália. A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, chegou a cogitar a aplicação de novas sanções econômicas contra Moscou.

Fontes da delegação russa cogitaram que o presidente Vladimin Putin poderia deixar a reunião de cúpula antes do previsto. REUTERS/David Gray

No sábado, durante o primeiro dia da reunião, um membro da delegação russa informou que o programa de Vladimir Putin teria mudado e que sua estadia seria reduzida. Segundo essa fonte, que exigiu anonimato, o presidente participaria das reuniões previstas para domingo, segundo e último dia do evento, mas não estaria presente no almoço oficial oferecido para os chefes de Estado e de governo das 20 potências mundiais.

Moscou não confirmou a informação, e o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, tentou acalmar os rumores. “A cúpula termina neste domingo e Putin vai partir quando todo o trabalho será concluído”, declarou o representante da presidência.

Para confirmar que as críticas não haviam impactado a estadia do líder russo, um comunicado foi divulgado, ainda no sábado, afirmando que o presidente teve “discussões longas e detalhadas” com a chanceler alemã Angela Merkel - que chegou a cogitar aplicação de novas sanções econômicas contra Moscou - e com o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.

Desde sexta-feira, na véspera da abertura da cúpula, os países anglo-saxões multiplicaram as críticas contra a Rússia e sua posição na crise ucraniana. Estados Unidos, Austrália e Grã-Bretanha falaram da situação como uma “ameaça para o mundo”.